Nos dias atuais, observasse que muitos jovens, possuem a ideia de que o campo é lugar ultrapassado, que acabam abandonando a vida no campo para buscar melhores condições de vida na cidade, isso se chama êxodo rural. Esse fenômeno que atingiu o Brasil na segunda metade do século XX, em que a população, no entanto, do interior do país não possuía acesso a recursos básicos, como a saúde e a educação. Forçando a migração para grandes centros para satisfazer o que faltava.
A agricultura familiar é predominante em nosso país, e busca um equilíbrio com as indústrias que a cada ano possui um elevado crescimento, com isso, é necessária a busca da mão de obra, que atrai os jovens do interior, que muitas vezes acabam se decepcionando com a roça, tentando uma nova vida nos grandes centros. Os filhos dos agricultores, não estão vendo formas de permanecer na lavoura, pois dependem muito das condições climáticas para ocorrer do desenvolvimento das plantações, ou não possuem os conhecimentos básicos para desenvolver as atividades. Para o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Frederico Westphalen, Célio de Pelegrin, Agricultor, os jovens estão embalados pelo modismo, preferindo viver na cidade.
Grande maioria das oportunidades de empregos é ofertada nas indústrias, encantando os jovens, porém, acabam se deparando com uma rotina completamente diferente da que vivenciava quando residia no interior. Por exemplo, ter uma carga horária de trabalho longe e exaustiva, além de um salário relativamente baixo, para muitos, o salário chegar ser muito baixo, obrigando os operários a trabalhar em outros locais, para poder ter uma vida confortável.
Pensando no futuro do filho, a família de Diego Roberto Wollmer, Assistente de Atendimento – Sicredi Celeiro decidiu sair do interior, em busca de oportunidades de estudo para seus filhos, pois residiam longe da cidade e isso interferia a realização de sua graduação em Ciências Contábeis. Existem algumas políticas públicas que tenho conhecimento e, visam a incentivar o jovem a permanecer no interior, mas dificilmente eles acabam vislumbrando uma oportunidade de crescimento na cidade, com isso abandonam o interior, na maioria das vezes deixando os pais, ressalta Daniel.
Conforme o Censo IBGE de 2010, a população urbana do Brasil era de 160.925.792 hab. – muito maior que a população que vive na zona rural, conforme o Censo, 29.830.007 hab. Visando um futuro próspero, o agricultor Juliano Bernardi, 22 anos, conta que deixou a casa dos pais no município de Miraguaí, noroeste do estado do Rio Grande do Sul, dispor-se uma vida melhor na cidade de Dois Irmãos, Vale dos Sinos. Apenas com o Ensino Médio, foi buscar a independência financeira. Residindo alguns meses, voltou para a casa dos pais. “Por que na cidade, se depender de pagar aluguel e luz, não sobra nada”. Ressalta Juliano, afirmando que no interior há grandes possibilidades de ter crescimento nas atividades e qualidade de vida, sem a necessidade de deixar a família.
O futuro promissor está no campo, cada vez mais buscar utilizar a tecnologia a seu favor, sendo assim, permitindo melhores condições de trabalho, além de aumentar as expectativas para quem trabalha. O agronegócio elevou a produção de alimentos no interior do país, é um dos principais setores que cresce Brasil, o setor primário, quase tudo vem da agricultura. O Engenheiro Agrônomo, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Frederico Westphalen, Lucas Tatto, comenta o êxodo rural vivido pelos jovens – “A agricultura não dá tanto status para a pessoa. Na cidade, parece ser tudo mais fácil e o serviço mais leve”.
Hoje, residindo em Frederico Westphalen, Tais da Costa, acadêmica do curso de Direito – URI trabalha na cidade, enquanto seus pais residem no interior, trabalho na propriedade. Os jovens saem do interior do município, concluem o Ensino Médio, procuram liberdade e autonomia nos grandes centros, grande parte para estudar. Assim como eu, trabalho e estudo. Ressalta Tais.
O agronegócio e a agricultura vivem o crescente êxodo rural, acreditando que a agricultura não oferece status. Outro problema apontado que inviabiliza a produção na propriedade são as leis, que impedem algumas atividades do agricultor. Além de safra, que depende das condições climáticas e com isso não é garantindo a renda todo o mês; Lucas Tatto, Engenheiro Agrônomo, comenta a agricultura familiar no município de Frederico Westphalen, – “Aqui a agricultura familiar gera um grande sustento na questão de alimentos como o leite, carne e verduras. O município é proveniente do agronegócio”. Sendo alguns desses fatores que entristecem os trabalhadores e despertando o interesse de migrar para grandes centros.
Grande parte dos jovens manifesta o interesse seguir com a atividade no campo. O Presidente Célio Pelegrin, aborda dados de uma pesquisa, que os índices de jovens que permanecem no meio rural são alunos que estudaram o curso técnico agrícola, tem dado bons resultados. Mas a grande maioria dos jovens não está permanecendo no meio rural, estão buscando outros meios na área urbana.
Gabriel Morcelli/Da Hora
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