Entre saltos, lingeries, perfumes e pincéis de maquiagem se escondem os perigos da profissão das garotas de programa. Segundo o Datafolha, mais de 500 mulheres são vítimas de agressão física a cada hora no Brasil, e dentro dessa estatística, estão as mulheres que trabalham com a prostituição, que por vezes, não denunciam os crimes de clientes a pedidos dos gerentes das boates que trabalham.
Em ambientes como estes sem proteção legal sobre essas ocorrências, violências psicológicas, domésticas e sexuais viram recorrentes não só com as garotas de programas que trabalham em casas, mas também com acompanhantes de luxo e as que “fazem ponto” nas ruas movimentas das cidades. Em entrevista a redação, o Delegado de Polícia de Frederico Westphalen, Eduardo Ferronato Nardi, comenta que “a grande questão é que as vítimas desse tipo de violência não se identificam como tendo sofrido esse atos durante as suas atividades de trabalho, ou seja, profissionais do sexo, em algum dado momento, sofrem tanto violência sexual como física”.
Como esse tipo de crime acaba sendo velado, o delegado ainda afirma que não tem como mensurar dados específicos sobre a violência que as profissionais do sexo sofrem em especifico. Entretanto, Eduardo reafirma a importância que se têm de denunciar situações como essa e quebrar a barreira que o medo do relato impõe sobre a vida e integridade dessas mulheres.