Análises do Laboratório Central do Estado do Rio Grande do Sul, realizadas em Frederico Westphalen, constataram a presença de substâncias nocivas à saúde na água dos poços artesianos da região.
Ao todo, 23 poços ativos são usados por mais de mil famílias, principalmente no interior do município.
Em Osvaldo Cruz, distrito frederiquense, a maior parte da população utiliza a água dos poços para o consumo, alimentação, higiene e limpeza. Segundo a aposentada Geni Nilson “a água é muito boa, nunca senti nada que tivesse de errado com ela”. Os moradores, que sempre consumiram a água dos poços artesianos, tem certa resistência em consumir aquela distribuída pela Corsan, em função da adição do cloro que é realizada no processo de purificação do líquido captado e distribuído.
Preocupado com a possibilidade de contaminação e disseminação de doenças, o Ministério Público posicionou-se diante do caso e instaurou um inquérito civil. Segundo o promotor de justiça, Rogério Fava Santos, nenhuma medida radical será tomada, como proibir o consumo da água dos poços: “a ideia é de criarmos um cronograma de como e quando nós iremos cobrar as mudanças”. O poder judiciário, contudo, pede que se inicie um processo de tratamento que elimine qualquer substância nociva, tornando assim, a água hábil para o consumo.
A Prefeitura Municipal vai auxiliar no processo de instalação de estações de tratamento dos poços. Uma empresa deve ser licitada, para monitorar a qualidade da água da região e adequá-la de acordo com as normas do Ministério da Saúde.
Resultado da Enquete Da Hora
A má qualidade da água que os frederiquenses bebem não é só constatação de laboratório. A enquete realizada pela Agência Da Hora – que encerrou nessa semana e recebeu mais de 140 votos – apontou: 65,52% dos que opinaram acham a água ruim; 22,76% consideram a água satisfatória; 8,97% consideram uma água boa de beber; e apenas 2,76% apontam a qualidade dela como muito boa.
Fabiane Paza / Da Hora
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