O terceiro dia da segunda Semana Acadêmica do curso de Engenharia Ambiental (SAEAMB) da UFSM/CESNORS foi nesta quinta-feira, 27, com palestras e debates pelas partes da manhã, tarde e noite. O dia foi considerado muito positivo em relação à proposta do evento, entre outros acréscimos para os acadêmicos.
Pela parte da manhã o assunto foi “Desastres Naturais”, tema abordado pelo Prof. Dr. Massato Kobiyama, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Uma das questões levantadas por Massato foi a diferença de desastre, que tem relação com o ser humano, para fenômeno natural.
Já no turno da tarde, o Prof. Dr. Rafael Cruz, da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), falou em dois momentos. No primeiro, com a palestra intitulada “Regimes de vazão em trechos de vazão alterada”, Rafael usou termos mais técnicos, isto é, próprios da Engenharia Ambiental. No segundo momento, a proposta era “Avaliação integrada da bacia do Rio Uruguai”. O palestrante, seguindo da avaliação ambiental por análise de viabilidade de hidrelétricas, acabou por aconselhar os acadêmicos no sentido de alternativas de fontes de produção de energia menos impactantes. “Um planeta finito, de recursos finitos, não tem como manter infinitamente o crescimento econômico”, afirmou Rafael, após explicar que no regime capitalista a acomulação gera concentração que, por sua vez, causa gigantesco custo ambiental.
Por fim, no turno da noite, quem prendeu a atenção dos acadêmicos foi João de Moraes, coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), do Rio de Janeiro. Depois de se apresentar e apresentar seu trabalho, ele explicou do que se trata o pré-sal e a importância de controlar essa riqueza brasileira para que o episódio que aconteceu na Indonésia, que já foi produtora de petróleo e hoje precisa importar, não se repita. Com um material intitulado “Energia e alimento: a nova escassez”, João de Moraes refletiu sobre os impactos que o uso de recursos naturais e a agropecuária baseada na monocultura e na pecuária extensiva ainda causarão: “Nossos filhos terão filhos, mas talvez não terão netos”. Abrindo espaço para debate, João ainda defendeu a ideia de que há de se falar sobre os impactos ambientais, mas também não se pode esquecer do consumo de energia.
O último dia da II SAEAMB é hoje, 28, com final de palestras às 15 horas e um coquetel de encerramento à noite no Pub Maria Lucia.
Joana Schumann / Da Hora
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