Julgamento do recurso que pede anulação das eleições do Cesnors é transferido para terça-feira

O recurso foi debatido pelo Conselho do Centro nesta quinta-feira, mas devido ao impasse da votação sobre o mesmo, haverá nova reunião na terça-feira Foto: Cristiane Luza

Mais de 50 pessoas participaram nesta quinta-feira, nas dependências do campus de Frederico Westphalen, de uma reunião que teve o objetivo de avaliar o recurso que pede a anulação das eleições para a diretoria do Centro de Educação Superior Norte do Rio Grande do Sul (CESNORS) e a realização de nova votação. A solicitação foi feita no dia 11 de novembro pelo professor Clóvis Da Ros – que concorreu ao cargo de diretor da instituição com Genesio Mario da Rosa, reeleito no dia 9 de novembro com 50, 19% dos votos – em virtude de o percentual de erros apurados no processo ser maior do que a diferença percentual de votos entre ambos. O Conselho Superior do Centro remarcou o julgamento para a manhã de terça-feira, no campus de Palmeira das Missões.

O regimento eleitoral prevê até 3% de erro entre o índice de assinaturas na listagem dos eleitores e o número de votos computados. Embora os erros não tenham atingido os 3%, Clóvis acredita que este percentual influencia diretamente no resultado das eleições. Além disso, durante a sessão, ele expôs que alguns professores com contrato vencido votaram. “Alunos da pós-graduação não poderiam votar, e votaram. Tinham direito de votar, mas o edital não previa. Se o edital não previa, segue o edital. Isso foi um erro. Então isso contribuiu para o erro e contribui decisivamente no resultado”, acrescentou.

A presidente da Comissão Eleitoral, Luciana Fagundes Christofari, justificou a transferência da questão ao Conselho dizendo que encaminhou o recurso à procuradoria-geral da UFSM, mas que esta não poderia dar respaldo legal porque a consulta ficou em desacordo com o Decreto 1.916, de 23 de maio de 1996, o qual prevê que 70% do peso dos votos para professores, 15% para alunos e 15% para técnicos administrativos. “Para nós é válida (a consulta) no momento em que aprovamos o regimento. Estamos avaliando o recurso porque a Comissão não se achou apta a fazer”, esclareceu o presidente do Conselho e diretor do Centro, Genesio Mario da Rosa.

Já Luciana enfatizou que “O regimento está omisso. Ninguém sonhou que a eleição seria tão disputada, e o regimento ficou com falha em alguns aspectos. Os conselheiros votaram e todos tem responsabilidade sobre o regimento eleitoral”.

Deveria ter ocorrido durante a reunião uma votação sobre o recurso, mas na ocasião, alguns representantes dos departamentos disseram que como não receberam a pauta em tempo hábil para que os colegiados dos cursos se reunissem para discutir o assunto, não teve como chegarem a uma posição comum, e não se sentiriam bem votando por si próprios.

Se o recurso for aprovado, haverá uma nova consulta apenas para a direção do Centro. Se reprovado, os resultados serão aceitos e se fará o encaminhamento dos dados para homologação.

 

Cristiane Luza / Da Hora

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