Elas não são maioria nos estádios, mas cada vez mais estão ocupando espaços que tradicionalmente eram freqüentados por homens, mostrando que não é preciso ser do sexo oposto para gostar ou entender de futebol.
Seja nos estádios da dupla Grenal ou em estádios do interior, elas estão sempre lá, sendo meninas, mulheres, senhoras, dividindo as arquibancadas com homens de camisa amarrada na cabeça ou senhores com seus radinhos.
No Vermelhão da Colina, estádio do União Frederiquense de Futebol, não é diferente. A exemplo do jogo deste domingo à tarde, 11 de março, contra a Sapucaiense, vencido pelos visitantes pelo placar de 3 a 2, a torcida feminina sempre está marcando presença, e algumas delas não vão acompanhadas por maridos, namorados ou irmãos, mas sim por outras mulheres.
Gritam, vaiam, aplaudem jogadas, comemoram com muita euforia um gol. Ao mesmo tempo em que participam desta paixão nacional, fazem do estádio um ponto de encontro, seja familiar, seja com amigos.
Para Vera Lúcia Hartmann, de 57 anos, o que mais motiva a ir ao estádio é o entretenimento. “Antigamente existia muito preconceito pela parte dos homens, mas a mulher conquistou seu espaço em tudo, o estádio de futebol não ficaria de fora. O que me motiva a vir aqui é essa alegria, o entretenimento. O futebol é um esporte bonito, só que é bom ter uma noção das regras para saber o que está acontecendo, mas vir aqui e apoiar o time também está valendo”, diz a torcedora.
O torcedor Fábio Martins diz que a participação feminina é válida. “Embora o estádio seja um lugar tradicionalmente masculino, a participação delas é importante, seja apoiando, acompanhando a família ou fazendo comentários. As regras se aprendem com o tempo”.
Com o aumento da presença feminina nos estádios, as expressões como “futebol é coisa pra macho” ou “mulher não entende nada de futebol” ficam cada vez mais ultrapassadas.
Dayana Giacomini / Da Hora

Este assunto realmente é muito interessante, por que nos últimos anos as mulheres estão frequentando em grande numero os estádios de futebol para torcer e apoiar o seu time de coração ,e podemos notar que já não existe mais preconceitos machistas como antigamente. Parabéns pela matéria.