Na última semana, as escolas estaduais paralisaram as atividades de quarta-feira (14/3) até a sexta-feira (16/3). Professores decidiram aderir à paralisação através de uma Assembleia regional do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers), que reivindica o cumprimento da Lei do piso salarial criada pelo próprio Tarso Genro, atual governador do Estado, quando ainda era ministro da Educação.
A Lei garante piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica. Prefeitos e governadores se negam a aplicar a Lei 11.738, de julho de 2008, alegando falta de recursos, mas não apresentam suas contas para requerer os repasses federais, como manda a lei. Tarso Genro e governadores de outros estados tentam articular com prefeitos para tentar reduzir o reajuste previsto desde então.
Em Frederico Westphalen, além da paralisação das aulas, professores organizaram um “panelaço” no centro da cidade e distribuíram panfletos explicativos em forma de protesto. Na sexta-feira foi realizada uma audiência no Palácio Piratini, contando com a presença de representantes do Cpers, professores, o Chefe da Casa Civil, Secretários da Educação e assessores do Governo. Durante a audiência, ficou decidido que na terça-feira (amanhã, 21/3)o Governo deve colocar em votação o projeto que reajusta os salários de professores e funcionários de escolas em 23,5%, pagos em três parcelas. Segundo Solano Lima, responsável pelo 26° núcleo do Cpers de Frederico Westphalen, as escolas estaduais do município irão aderir à paralisação, para que os professores possam se fazer presentes nessa nova Assembleia.
Rafael Franceschet e Suéli Camila Fão / Da Hora
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