Assim nem mesmo São Jorge ajuda

Ônibus tomado de passageiros, partindo para a saga. Foto: Alessandra Weiler.

E mais uma vez alunos e funcionários viram sardinha no ônibus da empresa São Jorge, no horário das 17h35min, numa tarde nublada de 21 de março de 2012.

A cada semestre que passa, os alunos se defrontam com a mesma situação, e dessa vez a empresa conseguiu “espremer” uma quantidade de alunos muito superior aos 40 assentos de cada um de seus 3 veículos – sendo que, para alguns desses alunos, a única alternativa oferecida foi entrar pelas portas de saída. Nem é necessário dizer que o percurso foi realizado pela Faguense, e não pela BR. Moral da história: onde estaria o quarto ônibus licitado e necessitado naquele momento? Os passageiros excedentes nos três ônibus anteriores completariam os bancos do quarto veículo, com toda certeza!

Estamos vivendo em um momento “saga Harry Potter”, onde um ônibus comum, desses utilizados no transporte coletivo típico de diversos municípios, consegue transitar com um número bem maior de passageiros que nele cabe, na verdade. O detalhe é que o ônibus dos filmes de Harry Potter consegue dar conforto aos passageiros, ao passo que os alunos do CESNORS torcem para conseguirem sair dos ônibus São Jorge sãos e salvos, sem nenhuma crise asmática, ou mesmo para que consigam, enfim, sair do mesmo. Mas e aqueles que possuem necessidades específicas, como ficam? E há casos no CESNORS. Eis a resposta, não são tratados como exige a lei. Nesta semana, já embarcaram no ônibus da São Jorge alunos com a perna engessada, de muletas, e com deficiência visual.

Será que terá de acontecer algo sério para mudar o modo de agir? E quanto às necessidades de quem precisa de cuidado especial? Assim nem mesmo São Jorge ou qualquer outro santo ajuda.

 

Alessandra Weiler / Da Hora

 

 

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