Estudantes realizam a I Caminhada Ecológica em Frederico Westphalen para denunciar o “veneno na mesa”

Estudantes de Frederico Westphalen e participantes do II ERA Sul, durante a I Caminhada Ecológica na cidade. Foto: Adilvane Spezia.

Estudantes da FEAB – Federação dos Estudantes da Agronomia do Brasil, ABEEF – Associação Brasileira dos Estudantes de Engenharia Florestal, ENEBio – Entidade Nacional de Estudantes de Biologia, bem como os Estudantes Secundaristas, o Movimento Estudantil e o Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA organizaram-se na manhã desta segunda-feita, 30 de abril de 2012, para a concretização da I Caminhada Ecológica de Frederico Westphalen, com o lema: “Um novo mundo existirá se o construirmos!”. Além disso, somaram-se a estes a Escola Estadual Cardeal Roncalli e a Escola Estadual de 1º Grau Cons Edgar Marques de Mattos.

O objetivo é mostrar à sociedade quais são as questões que giram em torno do uso abusivo de agrotóxicos nos alimentos, onde cada brasileiro consome em média 5,2 litros de agrotóxicos por ano, conforme dados da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Por meio desta interatividade, foi possível explanar um pouco daquilo que está sendo abordado nesses 4 dias do II ERA Sul, de que não estamos isentos de, todos os dias, ingerirmos agrotóxicos em nossa alimentação. Por isso, se faz necessária a discussão da Agroecologia como uma Ciência e também como um modo de vida.

I Caminhada Ecológica em Frederico Westphalen. Foto: Adilvane Spezia.

A ideia da I Caminhada Ecológica surgiu da necessidade de debater e mostrar para a sociedade que a juventude está interessada e tem conhecimento do que está acontecendo, e debater novas formas de produção, que sejam saudáveis, viáveis e sustentáveis. “O contato se deu no decorrer do planejamento do II ERA Sul e fomos bem recebidos por toda a direção, apoiando a iniciativa e liberando os alunos para que viessem participar, e vieram em grande número, isso mostra a boa aceitação e conseguindo debater sobre o tema com as escolas”, destaca o acadêmico do Curso de Engenharia Florestal e militante da ABEEF, Marcos Lazzaretti.

Para a professora de português da Escola Estadual Cardeal Roncalli, Marlei Piccin, “este é um bom trabalho que deve ser feito, apoiado e valorizado, destacando os males que os agrotóxicos trazem para a saúde humana. A conscientização deve ser feita desde a infância e isso é o papel da escola, contribuir com a formação e conscientização das crianças”.

A caminhada foi o ponto inicial, o 1º passo para introduzir este debate nas escolas públicas e na Universidade, trazendo a problemática do “veneno na mesa” para que possa ser discutido e debatido, e, ao longo deste debate, começar a levantar alternativas, construindo uma nova forma de agricultura, que é a Agroecologia, destaca a comissão organizadora do evento.

A caminhada teve uma boa repercussão, tendo contado com mais de 450 estudantes, onde foi possível realizar o diálogo com a sociedade com a entrega de mudas e sementes. “Tem que ficar claro que é essa a realidade que está dada, também somos responsáveis por isso, pois no modelo atual de produção não somos só consumidores, mas também responsáveis por construir uma nova alternativa, para isto não se agravar ainda mais. Nós, jovens, temos essa responsabilidade de pensar novas alternativas e trazer este debate para dentro da Universidade”, conclui Marcos Lazzaretti.

 

Adilvane Spezia e Andreia Primaz Eckhardt / Da Hora

 

 

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