De Toronto para o mundo, desde abril de 2011 mulheres, homens e crianças de todos os cantos saem às ruas para lutar contra o machismo

De minissaia, blusas curtas, roupas justas, lingeries ou mesmo sem roupa, @s manifestantes vestem a causa (Foto: Camila Souza)
O movimento “Marcha das Vadias” surgiu em Toronto, Canadá, em abril de 2011. Após ser registrada uma série de casos de abuso sexual na Universidade de Toronto, durante uma palestra sobre segurança no campus, o policial Michael Sanguinetti sugeriu que “as mulheres evitassem se vestirem como vadias, para não serem vítimas”. Tal afirmação repercutiu pelo país reunindo mais de 3.000 pessoas na primeira manifestação, que levou o nome Slut Walk, traduzido por Marcha das Vadias. O movimento ganhou dimensões globais, eclodindo em todos os continentes. No Brasil a marcha já caminhou por São Paulo, Recife, Fortaleza, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Pelotas, chegando a Rio Grande, cidade litorânea do Rio Grande do Sul, no último domingo, 13 de maio.
Se não existe pecado do lado de baixo do equador, o sul do sul não poderia ficar de fora do roteiro da Marcha das Vadias. Depois da vizinha Pelotas recebê-las, foi a vez de Rio Grande abrir os caminhos para mulheres e homens, crianças e idos@s, branc@s e negr@s, heteros e homossexuais marcharem pela avenida Rio Grande. Concentrad@s na entrada do balneário Cassino, @s manifestantes repetiram um trajeto tão comum aos cassineiros: dar uma volta na avenida. O clássico passeio de domingo se travestiu em todas as cores para lutar por um direito básico: a livre expressão. Munid@s de cartazes, faixas, apitos, bom humor e sorrisos, @s manifestantes bradavam novas palavras de ordem: quando uma mulher avança, nenhum homem retrocede.
A organização do evento foi puxada pelo coletivo “É Nois” , além de contar com o apoio de grupos e instituições como: SINTERG, APTAFURG, APROFURG e Arte-Estação, Centro Acadêmico de Psicologia (CAPsi-FURG), Diretório Acadêmico Rui Barbosa do Direito (DARB-FURG), Coletivo CAMALEÃO e o grupo Massa Critica, de Rio Grande; DCE-UFSM e Coletivo VOE de Santa Maria; Coletivo Barricadas e DCE-Ufpel de Pelotas. Cerca de 150 pessoas participaram da manifestação.
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Camila Souza – Segunda Chamada/Agência DaHora
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