Depois de passar por várias capitais com a turnê de comemoração de 15 anos da banda, Los Hermanos chegou a Porto Alegre para duas apresentações que aconteceram no sábado e no domingo passado, dia 12 e 13, no Pepsi On Stage.
No sábado, já havia fãs na fila desde o início da tarde. Após horas esperando, os portões foram abertos em torno das 20h30min. Mas o show começou somente às 23h, com a música “O Vencedor’’, que foi também a abertura de domingo e igualmente cantada primeiramente pela multidão emocionada, para só então a voz do Marcelo Camelo ser ouvida.

No telão rodavam imagens referentes aos álbuns e também dos próprios músicos e do público. Foto: Joana Schumann
A respeito do setlist, as duas noites ganharam praticamente o mesmo. Uma espécie de “The Best Of” da carreira, com faixas dos quatro álbuns da banda. Confira o depoimento de Leonardo Nogueira, 23 anos, que viajou de Palmeira das Missões até a capital gaúcha para assistir Los Hermanos no sábado:
“É difícil dizer qual foi o melhor momento do show. O setlist estava perfeito, embora algumas preferências pessoais pudessem ter sido incluídas. Estava esperando muito por “Fingi na hora rir” e “Cadê teu suín-?”, que eles haviam tocado em outros shows da turnê.
Fiquei muito emocionado com “De onde vem a calma” e “Conversa de botas batidas” (essa última foi um dos momentos mais lindos do show, quando a galera toda cantou: “Diz, quem é maior que o amor? […]”). Mas com certeza o momento mais eufórico foi com a primeira música, “O Vencedor”. Logo nos primeiros versos, o público cantava apenas acompanhado pelo instrumental da banda.
Outra surpresa foi “Anna Júlia”, que não é uma das mais queridas pelos fãs, porém, acabou cumprindo o seu papel, fazendo todo mundo cantar aos berros e pular muito (exceto aqueles mais exigentes, que pareciam envergonhados com a música). O bis foi a ‘catarse’ do show, um bloco só com faixas do primeiro álbum. Pirei muito com “Quem sabe”, ainda mais quando o Rodrigo Amarante desceu do palco e foi até a grade (uma onda gigante de gente tentando tocar, ao menos de leve, o vocalista – que esbanjou simpatia e roubou a cena, diga-se de passagem). Como de praxe, o show foi encerrado com “Pierrot”, cantada e pulada em uníssono por todos que estavam ao meu redor. Saí do show eufórico e afônico, mas realizado!”.
Leonardo acabou não comentando que nesse bloco final de bis, antes das músicas do primeiro álbum, Los Hermanos voltou ao palco fazendo cover de “Nunca Diga” do grupo gaúcho Graforréia Xilarmônica. Foi uma das poucas exceções da turnê em que a banda tocou música de outros, pois apenas em Belém e Brasília rolou “Tempo Perdido”, da Legião Urbana.
No domingo, a vibração não foi diferente. O Pepsi On Stage se encontrava lotado e os fãs cantavam em coro com a banda. Havia muita gente emocionada que questionava com o coração: “Quem é mais sentimental que eu?”, conforme a música.
Marcelo Camelo demorou cerca de quatro faixas para interagir com os fãs entre o intervalo de uma música e outra. Débora Mazeron, 21 anos, afirma que, mesmo sabendo do quanto os integrantes do grupo eram reservados, sentiu falta de carisma, ânimo e proximidade com o público que estava à espera desse show há anos. “Pelo que percebi só o Amarante procurou chegar perto disso… entretanto, não é algo que desmereça a banda, pois tiveram grandes e pequenos momentos que fizeram valer, sim!
Já começaram super bem com “O Vencedor”, que é minha favorita, trazendo uma abertura que deu fôlego para o que viria. Mas acho que o pico mais alto foi quando aparentemente deram tchau e o pessoal ficou pedindo mais e mais. Alguns minutos depois… lá estavam eles de novo! O show em si me deixou com um eterno sabor desse ‘quero mais e mais’ da volta da banda aos palcos…”.
A música nova do Rodrigo Amarante, “Um Milhão”, reforçou ainda mais essa vontade do público de ter Los Hermanos de volta e possivelmente com algum novo trabalho.
Dos próximos 13 shows da turnê 2012, 11 estão com os ingressos esgotados. Los Hermanos toca hoje, dia 18, em Curitiba e segue até dia 9 de junho, encerrando as apresentações no estado do Espírito Santo.
Joana Schumann e Tielin Nogueira / Da Hora
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