
Um número considerável de professores e também alunos esteve presente na assembleia. Foto: Alessandra Weiler.
Em assembleia realizada nesta terça-feira, houve votação para saber se os professores dos campus Palmeira das Missões e Frederico Westphalen iriam aderir ou não à greve. De 50 votos, foram 48 votos a favor da greve e 2 abstenções. Como a greve inicia somente 48 horas após a deflagração, as atividades acadêmicas estarão suspensas a partir da próxima sexta-feira, dia 25/05.
A assembleia contou com grande público. Estiveram presentes professores dos campus de Palmeira das Missões e Frederico Westphalen e alunos dos vários cursos de Frederico Westphalen. No primeiro momento da assembleia, o presidente da SEDUFSM, Rondon de Castro, explicou a situação de greve, em seguida os professores tiraram suas dúvidas quanto ao indicativo. Várias questões foram levantadas, como a independência dos campus diante do campus-sede em caso de adesão. Outro ponto discutido por uma professora do curso de Sistemas de Informação foi o posicionamento que os professores tomariam uma vez que os campi aderissem à greve, “vamos mobilizar ou ficar rezando?”, questionou ela. No meio da assembleia, professores pediram para que se agilizasse o processo, que se prosseguisse direto à votação.
Para os professores, os campi de Frederico Westphalen e Palmeira das Missões precisam aderir à greve por causa da carência de infraestrutura, carga horária excessiva, baixo salário, entre outros. “A assembleia mostra todo o anseio que os professores, tanto de Frederico Westphalen quanto de Palmeira das Missões, têm em relação a condições melhores, especificamente dentro do campus , e no trabalho no dia a dia, a elevada carga horária e toda conjuntura que envolve plano de carreira e tudo mais.” Os professores de Palmeira das Missões Gianfábio Franco e Susane Cosentino também frisaram a importância de mudanças no plano de carreira, aumento salarial como motivos para aderirem à greve. Segundo o professor de Comunicação Social José Antônio Meira da Rocha, na assembleia de hoje os professores “mostraram uma mobilização que não se vê na sede ainda”, e que portanto “haverá um peso de decisão muito grande na assembleia de amanhã no campus-sede da UFSM”. Ele ressalta ainda que os professores se preocupam para que a greve seja total e rápida para que não prejudique os alunos.
O professor Luis Fernando Rabello Borges absteve seu voto porque tinha dúvidas a respeito de como iria funcionar na prática uma eventual situação de adesão à greve nos campi de Frederico Westphalen e Palmeira das Missões acompanhada de não adesão na UFSM como um todo. “Mesmo que juridicamente seja possível, ao menos neste momento não tenho elementos suficientes para afirmar que não haveria confusões relativas aos calendários acadêmicos”, ponderou.
O presidente da SEDUFSM parabenizou os professores pela objetividade de posição. “Existe uma disposição de luta, isso é muito bom”, acrescentou Rondon. Ele enfatizou ainda que os professores estão tomando posição a favor da greve pelo fato de que nos campi de Frederico Westphalen e Palmeira das Missões, especificamente, têm acontecido “problemas crônicos”, “um plano de expansão que foi mal planejado”, enfatiza.
Na quarta-feira, dia 23, haverá assembleia em Santa Maria para levar o posicionamento dos professores de Frederico Westphalen e Palmeira das Missões, e decidir se o campus-sede adere ou não à greve.
Alessandra Weiler / Da Hora
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