
Um número considerável de docentes, discentes e técnicos administrativos mobilizaram a comunidade frederiquense. Foto: Alessandra Weiler.
Professores, alunos e técnicos administrativos da UFSM, campus de Frederico Westphalen, chamaram a atenção da população do município com a intenção de esclarecer os motivos pelos quais estão em greve. A mobilização, que aconteceu na Praça da Matriz, teve, inclusive, bloqueio do trânsito em alguns momentos, desde o começo desta tarde desta terça-feira, 19 de junho, em uma das ruas mais movimentadas da cidade, a Rua do Comércio.
Mas isso não foi tudo: alunos ajudaram a distribuir folders e conversar com a comunidade sobre a importância das várias reinvindicações dos professores e técnicos das Universidades Federais ao Governo. Teve até dança do “Pega na mentira”, paródia feita para a ocasião, e cantada e dançada na praça por uma professora, que tentou passar mensagem de desmitificação da imagem que o Governo passou às mídias, de que os professores seriam burgueses. Desde o meio dia, os grevistas arrumaram a praça com cartazes em vários pontos da praça, armaram uma tenda e utilizaram a estratégia “corpo a corpo” para explicar suas necessidades de melhorias.
O que os professores exigem são melhores condições de trabalho; reestruturação da carreira; política salarial, além de muitas reinvindicações locais que o grupo vem pedindo há algum tempo, relativas a um processo de expansão mal feito pelo Governo, que acarretou em carga horária excessiva dos professores, falta de profissionais da área, de laboratórios e salas de aulas, além de refeitórios ou restaurantes universitários.
A reunião que estava marcada com o Governo para a mesma terça-feira da mobilização foi cancelada na segunda-feira, um dia antes, sem justificativa, resultando em maior indignação e vontade de ir às ruas, para mostrar a situação à população. Das 80 Universidades Federais do país, 53 aderiram à greve até então. No Rio Grande do Sul, falta apenas a UFRGS para completar o cardápio, mas cujos técnicos já aderiram, contando com o apoio dos acadêmicos. A universidade, após o cancelamento da reunião com o Governo, já cogita mais fortemente a possiblidade de adesão à greve.
Alessandra Weiler / Da Hora
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