Dia 7 de outubro, próximo domingo, é o dia de escolher os candidatos que representarão seu munícipio: prefeitos, vices e vereadores. Com menos de uma semana para a votação, as campanhas em todos os municípios estão a mil. Todo meio é válido para chegar ao eleitor e apresentar as propostas de seu partido ou coligação: comícios, folders, banners, outdoors, santinhos, programas de rádio ou TV, visitação nas casas e no comércio. Porém, hoje, além destes meios tradicionais, faz-se campanha virtual: o intenso debate político migrou para as redes sociais.
Mas o uso de redes sociais em período de eleição não é tão novo assim: começou em 2008, nos EUA. Pela primeira vez, o mundo acompanhou de perto a campanha presidencial entre os candidatos Barack Obama e John McCain e os efeitos da internet nela. Foi utilizando ferramentas como vídeos, blogs e sites de redes sociais, que Obama conseguiu influenciar internautas e vencer as eleições com percentual de 51, 8% dos votos. No Brasil, essa tendência começou a se fortalecer em 2009, quando a lei 12.034, sancionada pelo então presidente Lula, permitiu maior uso das ferramentas da internet.
Redes sociais são sites onde o objetivo é conectar pessoas e proporcionar a comunicação via computador e, portanto, utilizar laços sociais. Onde pessoas divulgam conteúdo, compartilham ideias, e todos podem postar o que querem, sendo algo bem democrático, e estão sendo utilizados por muitos partidos e candidatos durante as campanhas das eleições municipais de 2012. Candidatos de todas as idades utilizam este meio diretamente, como é o caso de Anthony dos Reis Moraes, 18 anos, que utiliza seus perfis em redes sociais para publicar suas propostas, compartilhar ideias e imagens de seu partido. “Nos preocupamos em utilizar as redes sociais como material informativo onde mantemos contato constante com os internautas buscando ideias, mostrando nossas metas e projetos para os próximos anos”, diz ele, que acredita que as redes sociais são importantes principalmente para jovens candidatos, mas diz que tende a atingir a todos os públicos.
Mas não são apenas os candidatos que fazem campanha via redes sociais. Muitos cabos eleitorais, ou até mesmo simpatizantes de partidos e coligações, divulgam informações, como Rosana Beatriz Pessotto, esposa de um candidato a prefeito. Ela diz que seu partido está sempre atento aos acontecimentos e divulgam nas redes sociais o que é importante para os candidatos. Rosana também conta que criaram grupos para os candidatos se comunicarem e combinar ações. Muitas discussões são geradas acerca de conteúdos políticos nas redes sociais. “Há discussões entre pessoas envolvidas nas campanhas, mas não diretamente com os candidatos, tentamos defender propostas em nossos comentários”, diz.
Há quem critique esta forma de se fazer política. Haidi Marmett, 25 anos, utilizadora das redes sociais, se incomoda com as divulgações que fazem em sua página. “Não me importa que façam campanha, mas não gosto que publiquem em meu mural estes conteúdos”. Ela não é totalmente contra, pois acredita que cada um tem suas preferências e que pode divulgá-las, só se incomoda com os que pedem voto pelas redes sociais, por achar que estes sites servem mais como lazer do que como um meio de pedir voto.
Eduarda Wagner / Da Hora
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