O anticoncepcional é um método contraceptivo eficaz se usado corretamente
A gravidez pode ser evitada de várias maneiras e dentre todos os métodos contraceptivos, o mais comum é a camisinha. Além do uso do preservativo, muitas mulheres usam o anticoncepcional, que pode ser ingerido oralmente durante o período de 21 dias e continuar após um intervalo de sete dias (oral combinado) ou em um período de 28 dias sem intervalo (oral contínuo). Há também a forma injetável (mensal ou trimestral).
Para saber qual dessas opções é a mais adequada, é aconselhável procurar um médico especialista, no caso um ginecologista, pois com a consulta ele saberá a dosagem certa de hormônios que cada mulher precisa. Não há uma idade certa para começar o uso do anticoncepcional, mas de uma forma geral, evita-se tomar antes de completar dois anos da primeira menstruação, impedindo assim de interferir no amadurecimento do eixo hormonal feminino (hipotálamo – hipófise – ovário). Uma parte das adolescentes começa a tomar quando inicia-se as relações sexuais e também para evitar cólicas.
Para a pílula ser eficaz, deve-se tomar regularmente e de preferência no mesmo horário. Segundo o médico ginecologista Cláudio Furini, 46, há muita polêmica sobre os efeitos colaterais, alguns são informados inadequadamente como: ganho de peso, aumento de pêlos, entre outros. Sobre os efeitos colaterais, ele ainda comenta que, “na verdade, o que se observa com mais freqüência é a mastalgia (sensibilidade mamária), náuseas e irritabilidade, sendo transitórios. Obviamente, em casos individuais, pode haver exacerbação de sintomas pré-existentes (enxaqueca), onde a avaliação do especialista torna-se mais importante ainda”. Há também possibilidade de em algumas situações o anticoncepcional hormonal pode desencadear manchas solares na pele (cloasma).
O anticoncepcional injetável é também uma boa alternativa, mas vem com uma dosagem de hormônios um pouco maior. A farmacêutica Elisane Argenta, 26, diz que as mulheres procuram esse método quando há dificuldade de tomar o comprimido todo dia, muitas vezes esquecendo e em outros casos, como gastrite e náusea. Há dois tipos de anticoncepcional injetável. Nos mensais combinados (dois tipos de hormônios) há presença de pequeno sangramento mensal (menstruação) enquanto no trimenstral (contendo progestagênio) observa-se amenorréia (ausência de menstruação). O médico diz ainda que a diferença mais importante são as doses, que são bem maiores no injetável, mas o injetável tem uma eficácia um pouco superior, tendo uma falha de 0,25% contra 0,50% do anticoncepcional oral.
A estudante de fisioterapia, Letícia Leidens, 20, procurou o ginecologista e começou a tomar o anticoncepcional oralmente com 15 anos, o motivo principal foi pra regular a menstruação. Ela diz ainda que, “não senti nenhuma mudança considerável no corpo, mas deu uma reduzida na cólica”. Essa é uma das melhorias no corpo em que o anticoncepcional pode ajudar, além de melhorar a oleosidade da pele, diminuir acne (espinhas) e estabilizar o crescimento de pêlos em locais inadequados.
Por outro lado, o anticoncepcional pode ser contraindicado em algumas circunstâncias, como em hepatites ativas e diabetes descompensado, por isso é importante procurar um profissional antes de começar a tomar. Caso houver relação sexual, é importante usar outro método contraceptivo se não tomar regularmente, pois há uma pequena chance de ocorrer a gravidez.
Martha Steffens / Da Hora
Deixe um comentário