Despedida do Olímpico Monumental marcada por confusões

Torcedores se despedindo do Olímpico Monumental. Créditos: Google.

O Olímpico Monumental foi projetado pelo arquiteto Plínio Oliveira Almeida. Plínio foi o vencedor de um concurso no ano de 1950, no qual foi escolhido para ser o criador da nova casa gremista, a fim se substituir a Baixada, já que seu espaço físico não suportava muitos torcedores.

Foi inaugurado no ano de 1954, através de um torneio: um jogo contra o Nacional Montevideo, em que o Grêmio ganhou de 2×0, e outro contra o Internacional, o famoso e Clássico Gre-Nal, em que o time da casa – Grêmio – venceu por 6×2.

Foi no estádio Olímpico que o Grêmio vivenciou dias festivos, decisivos e dramáticos. Nesse velho casarão, a torcida gremista vibrou, comemorou títulos, chorou e se emocionou junto com o time.

Dia 02 de dezembro de 2012: eis que chega o dia da despedida do velho e eterno Olímpico Monumental e, para fechar com chave de outro, nada mais nada menos que um Clássico Gre-Nal, de número 394. Antes do início do jogo, uma mistura de emoções já tomava conta de jogadores e torcedores de ambos os times, porém, a tensão maior era dos jogadores e torcedores gremistas. Estádio lotado, nervos à flor da pele, expectativa do Tricolor Gaúcho em manter-se na 2ª colocação da tabela de classificação do Campeonato Brasileiro e a esperança de conseguir a tão sonhada vaga direta na fase de grupos da Libertadores 2013.

A partida foi marcada por emoções extremamente fortes: discussões, empurrões e expulsões. Uma partida típica de final de competição e que demonstrou toda a rivalidade do Clássico Gre-Nal. Mesmo contando com 2 jogadores a mais durante quase todo o segundo tempo (o goleiro Muriel e o centroavante Leandro Damião foram expulsos), todas as tentativas do time gremista foram em vão. E, para piorar, o Atlético-MG ganhou do Cruzeiro por 3×2, ficando em 2º lugar e empurrando o Grêmio para a 3ª colocação. O Tricolor Gaúcho terá que disputar a pré-Libertadores.

O que era para ser um motivo de comemoração e felicidade tornou-se uma decepção tanto para os torcedores que alentaram o time até o final, como para os próprios jogadores que tentavam e não conseguiam marcar um golzinho sequer. Conseguiram apenas se envolver em confusões e brigas generalizadas no final do jogo, o que resultou na expulsão do zagueiro gremista Saimon, após agredir o técnico interino colorado Osmar Loss. Foi assim, com esse terrível empate sem gols, que os portões do velho e eterno casarão gremista foram fechados e seus refletores apagados definitivamente.

 

Bruna Trombetta / Da Hora

 

 

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