Cristiane, integrante do grupo, está aperfeiçoando técnicas de produção e edição de áudio
Antigamente eram conhecidos pelo seu uso por pessoas que tinham dificuldade ou falta de tempo para leitura de livros. Com o passar do tempo, eles foram tomando outras definições e hoje já representam uma revolução dentro da comunicação. Os áudio-livros passaram de instrumento de leitura por áudio para se consagrarem como uma ferramenta alternativa em prol da educação de pessoas portadoras de deficiência visual, déficit de atenção e hiperatividade.
Os áudio-livros despertaram a atenção da Professora de Radiojornalismo da Universidade Federal de Santa Maria, campus Frederico Westphalen, Débora Lopez quando, há aproximadamente dois anos atrás, ela começou a pesquisar questões sobre a História do Livro. Como sua especialidade é em Rádio, Débora procurou unir suas pesquisas e voltá-las aos conhecimentos radiofônicos. O desejo de produzir áudio-livros, segundo a Professora, “ficou guardado na gaveta até surgir a oportunidade de colocá-lo em prática com o ingresso de alunos com deficiência visual na faculdade”.
Até o momento o projeto que denomina-se: “Formatos para áudio-livros científicos: inclusão social, experimentação e exploração dos potenciais da linguagem sonora em ambientes digitais”, é composto por seis estudantes do curso de Jornalismo sob a orientação das professoras Débora Lopez, Andrea Weber e a Pedagoga Lívia Negrini. O projeto iniciou com suas atividades no mês de abril deste ano e desde lá, já foram efetuadas três reuniões onde foram debatidos assuntos referentes às formas de linguagem e suas adaptações. Segundo a integrante do grupo, Cristiane Luza, em uma das reuniões cada membro recebeu um disco com histórias infantis interpretadas por áudio para posteriormente serem debatidas à luz da análise do discurso. A estudante ainda comenta que o Projeto de Pesquisa fomentou o seu desejo em estudar os processos de linguagem, seus contextos e variações, e acrescenta que, “além disso. o projeto está me auxiliando na atividade de trabalhar em grupo para ajudar outras pessoas”.
O objetivo da pesquisa é adaptar obras científicas para áudio-livros e, por ser um projeto proveniente de uma universidade pública, o grupo pretende ceder todo o material gratuitamente e disponibilizá-lo online. Ainda, comenta Débora, a ideia é “tentar criar uma seção especial na biblioteca onde o portador de necessidade especial possa levar o material para casa, como o empréstimo de um livro normal”.
O próximo passo do projeto é desenvolver a produção de peças em áudio para que sejam analisadas por portadores de necessidade especiais, pois, segundo a Professora, “nossa percepção é muito diferente da deles, por isso é essencial obter a sua opinião”.
Se você quiser conhecer mais sobre áudio-livros, clique aqui e confira.
Alessandra Weiler, Bárbara Corrêa, Joana Neis e Manoella Fiebig
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