“Trago, Alento e Amizade”, o amor incondicional que transparece na torcida pelo tricolor gaúcho

Nesta quarta-feira (10), às 22h, Grêmio e Fluminense disputaram o primeiro lugar do grupo oito da Copa Libertadores, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre. O estádio estava lotado e a torcida veio em peso apoiar o time na decisão da classificação do grupo.

“Canto pro meu tricolor / Meu único amor /
E dá-lhe dá-lhe, tricolor”. Foto: Cristina de Lima.

E como de costume, na pequena cidade de Frederico Westphalen, no interior do estado, a torcida “Geral do Grêmio de Rodeio Bonito” trouxe seus tambores e os demais instrumentos para torcer e assistir ao jogo prestigiando o tricolor gaúcho.  Classificada como “barra brava”, a “Barra do Grêmio” (como gostam de ser chamados) é a  maior do Médio Alto Uruguai e tem contato direto com Rodrigo Rysdyk, o “Alemão da Geral” de Porto Alegre.Foi fundada em 2010 por cinco torcedores: Ricardo, Bernardo (Ballack), Douglas (Bilo) e Ricardo Batisti, dos quais permanecem apenas dois da formação original e que lideram a Geral: Bernardo “Ballack” e Ricardo. As barras bravas existem em todo o Brasil e não são classificadas como torcidas organizadas, pois, seus integrantes não possuem uniformes próprios, não existe mensalidade a ser paga e por vezes nem associados. “A Geral do Grêmio foi a precursora dos movimentos barra brava no Brasil. Influenciados por ela, surgiram dezenas de outros movimentos de torcedores de grandes clubes de futebol brasileiros” (informação do site www.barrabrava.net).  Assim como a maioria das barras, a “Barra da Geral” de RB é de livre admissão, não existe um controle de quem participa, ou seja, qualquer pessoa pode participar dela (logicamente sendo gremista). A torcida usa seus instrumentos e suas músicas para incentivar o time mesmo quando está perdendo, o apoio incondicional, que é outra característica das barras bravas. Em Frederico Westphalen, tem como ‘casa’ oficial o Bar do Magrão, onde junto com outras Barras fazem o chamado descontrole.

No decorrer do jogo a torcida vibrava, e a cada lance os tambores eram sincronizados com as jogadas, mesmo nos últimos instantes, onde o empate já era certo a torcida não parou em nenhum momento de apoiar o time e, como o próprio lema da banda diz, Trago, Alento e Amizade. Nos minutos finais perguntamos o porquê de toda essa devoção ao time e o líder da Barra da Geral nos conta: “É o jeito castelhano de torcer, pois, nos 90 minutos que o Grêmio está em campo, seja aonde for, de local ou visitante, o apoio da Barra é incondicional”.

Às 23h58min, o juiz aponta para o centro de campo sinalizando o término da partida. Em jogo marcado pela tensão e sem muitas chances de gol, Grêmio e Fluminense ficaram no 0 x 0, deixando a decisão do grupo para a última rodada.

Cristina de Lima / Da Hora

 

 

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