Palestra com Paulo Germano é realizada na UFSM-FW em comemoração aos 49 anos de ZH

Os acadêmicos dos cursos de comunicação da UFSM campus Frederico Westphalen prestigiaram na tarde desta quinta, 09, uma palestra com o repórter do jornal Zero Hora Paulo Germano. O evento aconteceu no auditório 172 do Colégio Agrícola de Frederico Westphalen, e fez parte da programação dos 49 anos do jornal, comemorado no último dia 4.

Com o tema “Jornalismo fora da curva: investigação no futebol e senso de humor na política”, possibilitou aos alunos terem um contato mais amplo sobre experiências e reflexões envolvendo a atividade profissional jornalística. Em virtude aos 49 anos do Zero Hora, foram agendadas palestras com repórteres do jornal para estudantes de jornalismo em 21 faculdades do estado, incluindo a UFSM-FW.

Paulo Germano realiza trabalhos investigativos em uma área dominada por abordagens amenas: o futebol. É responsável por fazer a cobertura de violências nos estádios e torcidas organizadas. Explicou como foi a investigação para uma reportagem de grande repercussão feita por ele e pelo repórter Francisco Amorim, “Drible na Justiça”.

Ao ignorar as ordens da Justiça, torcedores envolvidos em pancadarias desmoralizam as autoridades e os dois maiores clubes gaúchos. Proibidos de entrar nos estádios, os torcedores deveriam se apresentar em uma delegacia sempre que houvessem jogos do Grêmio ou do Internacional em Porto Alegre. Não é o que acontece. Dois jovens foram flagrados dentro do Olímpico e do Beira-Rio. “A polícia empurra a culpa para a Justiça, que empurra a culpa para a polícia, que empurra a culpa para os clubes, que empurram a culpa para a Justiça e para a polícia. Mas todos fazem de conta que cumprem sua parte”, salientou Germano.

O jornalista abordou ainda a reportagem “O mentor da baderna”, sobre quem e que interesses estavam por trás da pancadaria na inauguração da Arena. “O Brasil é o país onde mais morrem torcedores no mundo por brigas nos estádios. 42 pessoas morreram em 10 anos, Só em 2012, foram 17 mortes”.

Durante a campanha eleitoral de 2012, Paulo escreveu a coluna diária “Palanque Eletrônico” , agregando senso de humor à cobertura política. O objetivo era despertar o interesse de jovens e até mesmo crianças para um jornalismo não muito prestigiado. Eram realizadas entrevistas com os candidatos, os quais faziam propostas sem sentido. “É possível usar senso de humor na política, mas quem faz as piadas são os candidatos, e não o jornalista,” declarou o jornalista.

 

Rubia Steffens / Da Hora

 

 

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