Resumo da Bola – União desencanta, Grêmio decepciona e Inter é surpreendido

UNIÃO VENCE E DESENCANTA, MAS NA SEQUÊNCIA VOLTA A DESPERDIÇAR A VITÓRIA

Quinta-feira foi um dia nostálgico para o torcedor frederiquense. Chegou a tão sonhada e esperada primeira vitória, e ela veio contra o Glória: 3 a 0.

O JOGO

Sinceramente, não posso dizer que o União foi melhor do que em outras partidas; o que dá pra ser afirmado é que desta vez o time foi mais eficiente na conclusão. Em termos de volume e padrão de jogo, a equipe manteve o mesmo nível, que, inclusive, é admirado por todos que jogam contra o time frederiquense. Envolveu o Glória e foi soberano o tempo todo. Destaque para o meio-campo da equipe, que criou grandes jogadas e administrou, com autoridade, o resultado. O União fez os 3 gols no primeiro tempo e não deixou espaços ao Glória de Vacaria. O resultado foi merecido e poderia ter sido maior.

PICCININI

Este aí foi o grande destaque do jogo. Talvez, não o melhor, porém, foi ele quem desafogou a equipe e, marcando dois gols, abriu o placar e depois definiu fazendo o terceiro. O União é muito dependente de sua qualidade. De fato, ele é o merecedor da camisa que usa. A 10.

PAULINHO MACAÍBA

Aquele que havia sido carrasco no jogo contra o Ypiranga, ao errar um pênalti no final do jogo, desta vez foi determinante. Macaíba jogou um futebol redondo, infernizou a zaga adversária e foi o autor de um belo gol. A direção acertou em sua contratação, por mais que a “zica” ainda ronde o ataque frederiquense.

ROGÉRIO PATROLA

Depois que voltou de lesão, vem sendo um dos principais jogadores da equipe. Pra mim, é titular garantido. Desfilou em campo, marcou, atacou e foi seguro nos passes. Pra mim, o melhor do jogo.

MARCELO CARANHATO

Acreditem, por mais que o União passe por situação complicada no campeonato, a equipe é uma das mais qualificadas. Como prova disso, posso falar dos goleiros do União, que a todo momento “revezam-se” na titularidade. Desta vez, foi Galas, em outras, Bruno Hepp. Apesar de tudo, creio que o técnico Caranhato encontrou a equipe base. Se tiver que fazer alguma alteração, creio que tem de ser feita no meio-campo. Creio que Lima é um excelente jogador, mas não tem a experiência do Thiago Corrêa. Com tantos “bons problemas”, é inadmissível aceitar a situação que ainda perturba aos torcedores.

ARBITRAGEM

Já que esta vem sendo caso de polêmica em todas as partidas, tenho de ser justo com meus colegas. Na tarde de ontem, eu vi a melhor arbitragem até agora. Juiz seguro, em cima do lance e contando com o bom apoio dos auxiliares. Nada mais é necessário. Juiz tem que controlar o jogo e não ser o protagonista. Ele o fez.

RIOPARDENSE

Ontem, a equipe enfrentou um adversário direto na briga contra o rebaixamento e pela classificação. Infelizmente, a equipe voltou a repetir a máxima de jogos anteriores. O União massacrou o adversário em estádio alheio, porém, desperdiçou inúmeras chances claras de gol. O volume de jogo foi totalmente desparelho, mostrando a diferença entre os planteis. Ganzer jogou muito, fez um golaço, mas perdeu outro gol claro. E assim foi durante o tempo todo, a equipe encurralou o Riopardense, mas errou nos momentos cruciais.
Em comentário rápido, afinal o União teve todas as condições de vencer o jogo por goleada e pecou nas finalizações, quero falar da péssima arbitragem da partida. A equipe frederiquense teve o prejuízo de 3 pênaltis não marcados, e de fato, isto fez a diferença no final. É por causa de alguns profissionais despreparados que a situação vai pendendo para o ridículo e o lamentável. Final do jogo: 2 a 2. A equipe, agora, tem mais dois compromissos longe de casa: o Gaúcho, equipe já rebaixada, de Passo Fundo; e o Brasil-PE, vice-campeão do 1º turno e uma das melhores equipes do campeonato. O time figura em 4º lugar no grupo e vai se classificando para a próxima fase com 5 pontos em 3 jogos. Já na classificação geral, a equipe mantém-se na zona do rebaixamento, em 14º, com 10 pontos, a 3 do Farroupilha-PEL, primeiro salvo do inferno.

 

DISPLICÊNCIA: RESULTADO RUIM NA VILA BELMIRO

O Grêmio jogou contra um adversário tradicional, o Santos. O fato é que a equipe paulista não deixou dúvidas de que sofreu fortemente a perda de Neymar. Foi o primeiro jogo santista sem o craque e o tricolor gaúcho fracassou. 1 a 1.

POR QUE NÃO FOI BOM?

O Grêmio abriu placar no começo do jogo e a partir daí dominou o Santos. Quando se joga melhor e se descobre a deficiência do adversário, óbvio que qualquer resultado, a não ser a vitória, é ruim. No caso do tricolor, o time relaxou no final, dando espaço para o ataque do Santos produzir, acarretando, finalmente, no pênalti e no gol.

VARGAS

Destacou-se pelo bom volume de jogo e pelo gol marcado. O melhor do Grêmio na partida.

O PÊNALTI

Lance difícil e que divide opiniões. Sem dúvida, Souza não teve a intenção de colocar a mão na bola. Porém, a bola iria em direção a um atleta santista que estava na frente do gol. Portanto, o atleta impediu, mesmo sem intenção, a trajetória da bola. Pra mim, pênalti.

SANTOS

A equipe sentiu muito a falta do craque Neymar. Não que o time seja ruim, mas não tem opções, principalmente no banco de reservas. Voltou a ser um time mediano e não é ameaça aos que lutam pelo título.

 

INTERNACIONAL, LIQUIDADO PELO BAHIA

O que se viu foi uma surpresa. Poucos acreditavam em uma derrota colorada no jogo de ontem. Jogando em casa, time adversário frágil, candidato a rebaixamento e o Internacional com o time titular, levando em conta os desfalques de Damião, que ainda não jogou o Brasileirão, e de Willians que estava fora: 1 a 2

A PARTIDA

De ponta a ponta, o Bahia dominou o jogo. O Inter até chegou à marcação do gol e pressionou, de certa forma, o time do Bahia. Apesar disto, o próprio gol do Inter só aconteceu depois dos dois tentos da equipe nordestina. Mesmo atacando, o Internacional foi surpreendido pelo grande desempenho da defesa baiana. Desta forma, o Bahia também dominava o Inter, mesmo quando os gaúchos atacavam. Com toque de bola envolvente pra cima dos colorados, a equipe do Bahia destruiu as pretensões coloradas e cravou sua bandeira em Caxias, concretizando a primeira derrota do Inter no Centenário. O resultado foi justo e surpreendente, não pelo jogo, mas pela história do confronto. O Inter nunca havia perdido para o Bahia em pontos corridos. Não foi vexame, mas foi uma vitória irrepreensível do Bahia.

D’ALESSANDRO E FRED

D’Alessandro ainda não fez uma grande partida nesta edição do Brasileirão. E, sem ele, a equipe sofre para conseguir jogar. Fred até foi bem, mas parou na marcação da compacta equipe do Bahia.

RYDER, FAHEL e FERNANDÃO

Ryder fez um golaço num chute de 90 km/h e infernizou a zaga, assim como Fernandão, que usou sua estatura para complicar a defesa colorada em vários lances. Já o jogador Fahel se mostrou eficiente na troca de passes e seguro na saída de bola.

MARQUINHOS GABRIEL

O melhor jogador da partida. O camisa 10 do Bahia viabilizou as jogadas de ataque da equipe e foi o mais eficiente de todos. Voltou e pode ser uma peça fundamental para a equipe tentar, pelo menos, não cair.

 

Eduardo Krais / Da Hora

 

 

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