Estou formado. E agora?

 

As dúvidas são frequentes desde o ensino médio, seguem na graduação e continuam mesmo depois de graduado. Fazer pós-graduação ou mestrado? Voltar para a casa dos pais? Cursar outra faculdade? Dedicar-se apenas à vida profissional? Mas e se não conseguir emprego? São dúvidas que todo formando ou recém-formado enfrenta e que tiram noites de sono. A cobrança pessoal se torna algo necessário para o desenvolvimento.

Uma frase que tem um grande impacto é “estou formado, e agora?”. Quando questionado sobre esse impacto, Sergio Daniel Bona, 24, formado em Agronomia na UFSM-FW, responde que na reta final esta frase esteve presente, pois houve a incerteza do que fazer depois de formado, e isso se tornou uma rotina. Porém, a frase serviu como impulso no momento de tomar algumas decisões sobre qual rumo seguir. Atualmente, Sergio trabalha com Agricultura de Precisão, e é mestrando pela Universidade Federal de Santa Maria, na mesma área de seu trabalho, e destaca que sua linha de pesquisa no mestrado é a mesma que estudou durante grande parte de sua graduação.

Thaísa Borges, 22, formada em Jornalismo na UFSM-FW, responde que o impacto foi de pensar “agora é comigo”. Lembra que a vida ficou diferente, com mais responsabilidade, e não se espera mais cobranças de um professor. Ressalta que chegou a colocar em prática o que aprendeu durante a graduação, e também é a hora de aprender sozinha o que não aprendeu.

A pressão, a cobrança de si ou até mesmo dos familiares se torna um medo, pois se formar foi o primeiro passo, mas e o mercado de trabalho? Quando existe a certeza de que estou pronto para ele? O estágio durante a graduação é uma forma de se preparar para adquirir experiência na área desejada, para muitos o estágio é fundamental para a confirmação da escolha profissional, do “é isso que eu quero”.

Mayara Dalla Libera Brenner, 23, também formada em Jornalismo na UFSM-FW, ressalta que houve pressão pessoal para conseguir encontrar uma outra ocupação, em um jornal de abrangência estadual ou de circulação diária. Ela também lembra que sua família se mostrou sempre muito orgulhosa pela conquista, ao invés de pressioná-la.  Conta que, após sete meses com o “canudo na mão”, surgiu um convite para trabalhar no Jornal Diário da Manhã, em Carazinho. Hoje Mayara permanece no grupo, que trabalha em rede de jornais e rádios nos municípios de Carazinho, Passo Fundo e Erechim. Ela também salienta que estagiou em um jornal bissemanal regional durante sua formação, e, depois de formada, foi efetivada.

Com o diploma em mãos, os mais novos formados se deparam com o verdadeiro mundo real, e, para contornar as dúvidas, nada melhor do que planejamento e, se necessário, buscar orientação com um profissional. Afinal, se formar é um grande passo para o sucesso, e se preocupar com o futuro se torna consequência do trajeto para a carreira profissional. Nessa caminhada, dúvidas sempre irão surgir, e o segredo é o planejamento.

Tatiane Pacheco / Da Hora

 

 

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