Teatro Serelepe: última semana distribuindo alegria em Frederico Westphalen

Marcando presença há quase um mês em Frederico Westphalen, o teatro de lona Serelepe viaja pelas estradas gaúchas distribuindo alegria nas cidades onde chega. Naturais de São Paulo, o teatro esta desde 1962 em terras gaúchas, e, dentro da família Serelepe, o amor pela arte é passado de gerações para gerações.

Para os frederiquenses que ainda não puderam conferir as peças apresentadas pelo elenco do Serelepe, um aviso importante: esta é a ultima semana do teatro na cidade. Eles vêm de uma longa temporada, anteriormente estavam na cidade de Sarandi, e após Frederico Westphalen pretendem voltar à região nordeste do estado, chegando até a cidade de Três Passos. Costumam ficar durante cerca de um mês em cada local.

Elenco do Teatro Serelepe atuando. Foto: Juliana Oliveira.

Léa Benjamin, uma das descendentes dessa arte que é o teatro, filha de pais artistas, que desde os 3 anos de idade fizeram-na viver o real e o irreal nos palcos do teatro e da vida, ao longo de sete décadas, é umas das atrizes e autoras dos espetáculos do Serelepe. Seus filhos também são artistas e vivem com a mãe em um trailer andando por esses pampas. Entre eles, Marcelo, o atual serelepe.

Comentando sobre a história do Teatro Serelepe, Léa diz que tudo teve origem na cidade paulista de Sorocaba, em 1929, e, após algumas mudanças e dispersões da trupe daquela época, eles fixaram moradia por um tempo na cidade paranaense de Curitiba, e após resolveram migrar para o Rio Grande do Sul, terra onde se apaixonaram pelo público receptivo e de onde não saíram mais. Conquistaram muitos amigos, e aprenderam a se adaptar facilmente às cidades gaúchas em que chegam.

Marcelo, o atual Serelepe, questionado sobre quais as principais dificuldades encontradas nas cidades por onde passaram, ressalta a falta de incentivo do governo e dos órgãos competentes à arte, mas mesmo assim não deixa de seguir o ciclo, ensinando a dom de fazer as pessoas felizes, que tanto idolatra para o seu filho, ainda pequeno, mas que já participa dos espetáculos.

O teatro e seu elenco apresentam somente peças de comédia, sempre honrando seu slogan: “Teatro Serelepe: A terapia do riso”. São pessoas felizes, vivendo de arte, que só desejam fazer outras pessoas felizes também. Vale a pena conferir.

 

 Juliana Oliveira / Da Hora

 

(Colaboraram: Sheila Wiroski e Suéli Fão)

 

 

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