Reconhecido regionalmente, e agora investindo também em aparições na programação nacional, mas focando bastante na internet, Jair Kobe (o Guri de Uruguaiana) fez lotar o salão de atos da URI com seu show humorístico.

Guri de Uruguaiana e o Licurgo no show realizado no Salão de Atos da URI em FW nesta quinta (03/10). Foto: Adriano Dal Chiavon.
Natural de Porto Alegre, Jair Kobe nasceu em 06 de setembro de 1959. Durante sua vida, cursou três graduações: Análise de Sistemas, na PUC (79/81); Música, na UFRGS (80/82); e Ciências Contábeis, na UFRGS (81/83), mas não terminou nenhuma delas. Trabalhou em várias funções, de sacoleiro a dono de restaurante. Mas o que o marcou, fez seu sucesso e que segue até hoje é a carreira de artista, mais especificamente, como humorista.
Jair fez sua primeira apresentação humorística em 2000, quando apresentou o show “Seriamente Cômico” no Teatro Ipê, em Porto Alegre. No início de sua carreira, ele utilizava vários personagens: Brega, Mágico, Baiano, dentre outros. Mas foi com o personagem Guri de Uruguaiana que Jair Kobe começou a se tornar conhecido e alegrar as pessoas com suas apresentações pelos teatros Rio Grande afora.
Foi assim que, depois de 12 anos de carreira e muitos sucessos, principalmente com as diferentes versões da música “Canto Alegretense”, de Antonio e Bagre Fagundes, que o Guri de Uruguaiana voltou a Frederico Westphalen, com promoção da URI (Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões) – campus de FW, para o Preview do Vestibular de Verão. O show aconteceu na última quinta-feira (03/10), no Salão de Atos, que ficou totalmente lotado para assistir ao espetáculo de Jair Kobe.

Jair Kobe, o Guri de Uruguaiana, e Daniel Torres, cantor gaúcho e latino-americano. Foto: Adriano Dal Chiavon.
Os principais pontos da apresentação ficaram por conta das versões e paródias da música Canto Alegretense. Destacando-se sua última versão/paródia da música “Amor de Chocolate”, do cantor Naldo. Além das piadas e “causos” da vida do Guri, é muito presente nas apresentações a interpretação de músicas que são consideradas ícones da cultura musical gaúcha. Para o show desta quinta, o Guri teve um convidado especial, Daniel Torres, cantor gaúcho, mas com um direcionamento para a música latino-americana. Em sua voz, o público pode ouvir “Castelhana”, de Rui Biriva, e um clássico cubano, “Iolanda”, dentre outras músicas do repertório de Daniel.
Após aproximadamente uma hora e meia, a apresentação foi finalizada com o clipe do GuriNaldo “Amor de Chocolate”, recebendo palmas calorosas do público presente. Após o término, foi aberto um espaço para que o público pudesse tirar fotografias com o Guri de Uruguaiana e seu fiel auxiliar Licurgo.
Para Tiago Zanatta, estudante na UFSM-FW, o show foi muito bom e divertido. “É. Realmente o que a gente assistia por DVD dava uma impressão muito boa e pelo show a gente confirmou isso. Acho que foi além das expectativas, muito divertido, muito interativo com a plateia e valeu muito a pena”. Para Angélica, acadêmica de Psicologia da URI, o show também superou as expectativas e ela resumiu a apresentação como incrível. Ainda para Angélica, a principal parte da apresentação foram os clipes do Guri.
As bailarinas do grupo de Jair Kobe, Mariana e Arieli, classificaram a apresentação como ótima e elogiaram a plateia. “Um público bem receptivo e uma energia muito boa”.

Público lotou o Salão de Atos da URI para assistir ao irreverente Guri de Uruguaiana e seus famosos clipes/paródias. Foto: Adriano Dal Chiavon.
Segundo Jair Kobe, o intérprete do Guri de Uruguaiana, o personagem foi surgindo e amadurecendo com o tempo. Destacou que haviam outros no início de sua carreira, mas que com o tempo, principalmente pelo jeito de ser do gaúcho, ele foi conquistando o público e hoje é o personagem principal. “No início, havia vários personagens. Depois, eu comecei a fazer esquetes para a TV com o personagem Gaúcho, que virou o Guri de Uruguaiana, porque ele fazia uma paródia da música O Guri [vencedora da Califórnia da Canção de Uruguaiana e com autores uruguaienienses]. O personagem começou a fazer sucesso, o público gostou e ele continuou”.
Jair também falou que, para tentar uma investida além do sul do país, o personagem não sofrerá alterações. “Não precisa mudar. O pessoal de fora adora ver um gaúcho não se achando. O Brasil inteiro adora o gaúcho, aquele que valoriza a sua cultura. Só que também o gaúcho se acha muito, por conta disso, de ser bairrista e de outras coisas. É por isso que o pessoal faz uso de piadinhas, justamente para atacar o gaúcho e se defender desse seu jeitão de se achar”.
Adriano Dal Chiavon / Da Hora
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