A busca pelo corpo perfeito

As mulheres nunca estão totalmente satisfeitas com o corpo, elas acreditam que sempre dá para melhorar algo e, cada vez mais cedo, vêm procurando por tratamentos estéticos. Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, todos os anos são realizadas mais de 600 mil cirurgias plásticas no Brasil. E pelo menos 20% destas seriam desnecessárias  e só acontecem por causa da vaidade das pessoas.

As operações mais procuradas são de:

– Cirurgia plástica das mamas: o implante de silicone nos seios.

– Cirurgia de lipoaspiração: que elimina as gorduras existentes por debaixo da pele.

– Lifting Facial: deixa o rosto mais jovem, através da retirada de pele e gorduras extras do rosto.

– Rinoplastia: cirurgia na estrutura nasal, com fins estéticos.

Mas, como qualquer outra cirurgia, a cirurgia plástica pode trazer diversos problema e riscos à saúde das pessoas. Esse procedimento pode causar danos como hemorragias, infecções hospitalares e embolias pulmonares, por isso o paciente, antes de tudo, precisa estar ciente dos riscos estéticos a que está se expondo. Uma cirurgia estética pode ser malsucedida, devido a algum erro médico, ou até mesmo a uma reação natural do corpo. Assim, o que era o sonho do corpo perfeito acaba se tornando um terrível pesadelo com sequelas gravíssimas.

Alguns cuidados, como verificar se o medico é credenciado na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e procurar referências sobre a conduta e o trabalho do profissional, são fatores importantes na hora de escolher o melhor cirurgião. Mas isso não garante que erros deixarão de acontecer. Por isso, é muito importante que a pessoa busque a cirurgia quando não existem alternativas mais viáveis e realmente seja necessário, afinal de contas, as coisas podem não sair como o planejado.

Hoje, cada vez mais os jovens estão procurando as cirurgias. Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o número de adolescentes que procuram pelos procedimentos vem aumentando, enquanto a idade vem diminuindo cada vez mais. Atualmente, a média de jovens que implantam silicone é de 15 anos.

Eduarda Virginia Burckardt, hoje com 20 anos, fez a cirurgia plástica de redução das orelhas quando tinha apenas 10 anos. “Essa decisão foi tomada pelo fato de alguns colegas darem certos apelidos, como “Dumbo”, “orelha de bater melado”, entre outros, mas ocorreu um fato mais grave, quando um colega me desenhou no quadro da sala de aula, com o corpo palito, pois sempre fui magra, e as orelhas enormes. Isso me marcou eternamente, e aí comecei a não querer mais ir pra escola, pois todos os colegas estavam rindo…lembro de sentir muita vergonha!”

Foi por sentir vergonha que Eduarda quis mudar o seu corpo tão precocemente. “A partir do momento em que meus colegas começaram a rir, eu me senti muito incomodada e tive certeza de que queria fazer”. Ela garante que mesmo depois de ter sentido muita dor, e até de ter que refazer a operação em uma das orelhas, não se arrepende, porque hoje se sente muito melhor e agradece aos pais por terem entendido e aceitado essa decisão, mesmo que ela fosse tão nova.

É muito importante levar em conta o risco dos adolescentes realizarem o procedimento, porque o corpo ainda está em fase de crescimento e, futuramente, deformidades podem acontecer.

 

Kátia Lacorte / Da Hora

 

 

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