O centro de Atenção Psicossocial (CAPS) é um serviço de saúde aberto e comunitário do Sistema Único de Saúde (SUS). É um lugar de referência e tratamento para pessoas que sofrem de transtornos mentais, psicoses, neuroses e demais quadros de forma continuada.
Símbolo do CAPS. Foto: Rejane Fiepke.
O CAPS de Frederico Westphalen (FW) foi implantado na data de 05 de junho de 2006, prestando serviço comunitário e ambulatorial aos munícipes, e não se enquadra como um serviço de urgência e emergência. Possui como principais objetivos: oferecer atendimento clínico, familiar, terapêutico, medicamentoso e psicológico; reinserir os usuários na comunidade, fortalecendo os laços familiares e reduzir as internações psiquiátricas.
Atualmente, o Centro presta atendimento a 240 pacientes. Destes, em torno de 15 a 20 permanecem no Centro todo dia, pelas manhãs e tardes, de segunda a sexta-feira. Pela noite, o CAPS os leva até as suas casas. E os casos envolvidos resumem-se a depressão, alcoolismo, dependência química, ansiedade, transtorno bipolar e diversas doenças mentais.
Alguns vêm apenas para consulta com a psicóloga, com o médico, para pegar alguma medicação ou até mesmo para participar de alguma oficina com a terapeuta. Outros participam regularmente das atividades, que são bem diversificadas. Há os grupos fechados, geralmente de 3 pessoas, realizados pelas psicólogas. Estes sempre são voltados a problemas específicos, como, por exemplo, alcoolismo, ou drogas. E foram criados para que os pacientes possam se sentir mais à vontade nas conversas com a psicóloga, estando em menor número.
Além dos atendimentos e atividades voltadas diretamente para o problema do paciente, o CAPS também oferece oficinas de trabalhos manuais, onde é ensinada a confecção de diversos trabalhos, como a pintura de quadros, por exemplo. O que, além de auxiliar no tratamento, pode mais adiante se tornar um meio de auxiliar na renda do indivíduo, já que a maioria deles é de famílias de baixo poder aquisitivo.
Um dos quadros produzidos pela oficina de trabalhos manuais. Foto: Rejane Fiepke.
São realizados, também, grupos de família, para incentivar a participação da mesma durante o tratamento. Segundo a coordenadora do CAPS, Cássia Renata Vendrusculo, “uma das grandes dificuldades no caso da maioria dos pacientes é a falta de comprometimento familiar. Grande parte só se importa quando ocorre uma recaída”. Ainda de acordo com a coordenadora do centro, é possível perceber uma melhora mais rápida quando a família se envolve no tratamento, acompanha a administração dos medicamentos e dá a devida atenção aos pacientes.
Outra preocupação do CAPS é em relação ao número cada vez maior de crianças entre 4 e 5 anos que chegam ao centro com casos sérios de depressão. Tudo porque existe uma falta de especialização para melhor atender a essas situações. Inicialmente os atendimentos eram voltados para pacientes a partir de 13 anos de idade, mas agora surgiu essa obrigação de atender também a crianças pequenas. E as unidades são implantadas nos municípios segundo o número de habitantes, e não segundo as demandas, o que acaba complicando a situação, principalmente pela falta de um CAPS infantil.
A atual sede do CAPS em Frederico Westphalen é alugada, e está com problemas de espaço adequado para os atendimentos devido ao grande número de pacientes. Espera-se que a questão seja resolvida assim que chegar a verba de 800 mil reais, solicitada ao Governo para a construção de um novo centro. A Prefeitura Municipal já fez a doação de um terreno no Bairro Aparecida.
Pacientes do centro em suas atividades costumeiras. Foto: Rejane Fiepke.
Quem necessitar de atendimento no CAPS pode procurar diretamente o serviço ou ser encaminhado por qualquer outro serviço de saúde do município.
Rejane Beatriz Fiepke/ Da Hora
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