O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) foi realizado nesse final de semana em todo o país. Criado em 1998, é o principal meio de avaliar a qualidade do ensino médio. Também é um modo criado pelo governo de ingresso nas universidades federais e estaduais em todo o Brasil, através do Sistema de Seleção Unificada (SiSU), ou em universidades particulares, por meio de bolsas no sistema do ProUni.
A edição desse ano teve recorde de inscrição, contando com 7 milhões de pessoas. No estado do Rio Grande do Sul, segundo o site do G1, o número de inscritos teve um aumento de 15% em relação ao ano de 2012. A prova, aplicada em dois dias, tem duração de 4 horas e 30 minutos no primeiro momento, em que conta com 45 questões de Ciências Humanas e suas tecnologias, e mais 45 questões de Ciências da Natureza e suas tecnologias. A segunda prova tem o tempo máximo de 5 horas e 30 minutos, e conta com conteúdos referentes a Linguagens, Códigos e suas tecnologias, Matemática e suas tecnologias e com a tão polêmica e aguardada redação, que neste ano teve como tema “Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil”. Ao todo, são 180 questões, o que, para muitos, torna o ENEM um grande teste de resistência física e mental.
Participando pela segunda vez do concurso, Gabriel Biondo, 17 anos, afirma que pretende ingressar no ensino superior através da nota adquirida no ENEM, mas desabafou: “o abuso cresce a cada ano, uma vez que tornam a prova, gradativamente, mais difícil, fazendo com que seja impossível para um aluno de escola pública conquistar grande nota, favorecendo as classes mais abastadas que podem pagar curso pré-vestibular, por exemplo”. Sobre a organização do exame, Gabriel declarou: “acredito que deveriam ser mais rígidos e efetuar uma revista em cada pessoa que entra na sala”. O MEC realizou uma rigorosa fiscalização nas redes sociais nos dias de aplicação e obteve resultados: 24 candidatos eliminados por postar fotos dentro da sala de aula, apenas no primeiro dia.
A prova terminou hoje, às 18 horas e 30 minutos, horário de Brasília.
Vinícius Duarte / Da Hora
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