Usina do Gasômetro também recebe obras da 9° Bienal do Mercosul, em Porto Alegre

Entrada da usina com o slogan da Bienal do Mercosul. Foto: Eduarda Wilhelm Possenti

Entrada da usina com o slogan da Bienal do Mercosul. Foto: Eduarda Wilhelm Possenti.

Acontece em Porto Alegre até o dia 10 de novembro a 9° Bienal do Mercosul. Na edição deste ano, é possível apreciar as exposições em quatro lugares diferentes da cidade, sendo que três deles localizam-se em um mesmo espaço, a Praça da Alfândega, possibilitando que o público possa se deslocar a pé e mais facilmente: o Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs), o Memorial do Rio Grande do Sul e o Santander Cultural. Já para chegar até a Usina do Gasômetro, é necessário fazer uma boa caminhada.

Na Usina do Gasômetro, encontram-se obras bem mais difíceis de se entender desta edição, pois exigem um raciocínio mais apurado por parte do espectador. Os mediadores fazem o trabalho de instigar e provocar os visitantes, para que eles possam pensar e descobrir sobre o que se tratam as obras e qual é o significado de cada uma delas, sendo possível que o espectador tire suas próprias conclusões sem ser necessário estar certo de sua ideia.

Circulação em exposição. Foto:  Eduarda Wilhelm Possenti

Circulação em exposição. Foto:
Eduarda Wilhelm Possenti

Um exemplo disso é a obra “Circulação”, do alemão Hans Haacke e constituída por grandes mangueiras transparentes, que lembram o funcionamento das veias e artérias. Criada em 1960, a obra foi montada em uma grande sala da usina com um motor que movimenta água dentro das mangueiras. Na sala ao lado, encontra-se uma obra chamada de “Portões de Nuvem” do filipino David Medalla e que representa uma mistura de instalação com escultura que é móvel, sua forma sempre muda, pois é alterada com a contínua  espuma que sai de sua estrutura.

Desenhos que fazem parte da obra "A operação Maelström". Foto: Eduarda Wilhelm Possenti.

Desenhos que fazem parte da obra “A operação Maelström”. Foto: Eduarda Wilhelm Possenti.

Outra obra que tem chamado bastante a atenção do público é “Cavalos não mentem”, de Eduardo Navarro, que retrata a terapia de toque desenvolvida em crianças autistas, que por meio de contato tátil com os animais podem desenvolver uma sensação de confiança, e com isso o autor também desenvolve um pensamento de encontro entre os animais e os humanos. Também é possível que os que gostaram da obra de Navarro possam prestigiar uma performance com cinco bailarinos que usam as roupas criadas pelo autor , que explora um modo de pensar sem linguagem verbal dando uma ideia de interação do humano com o animal.

Todas essas obras e muito mais podem serem vistas na Usina do Gasômetro, e, para quem ainda quiser apreciar belezas naturais, uma boa dica é apreciar a visão do terraço que dá para o Rio Guaíba. O local faz parte também da  Bienal e foi transformado em uma espécie de mirante , para que os visitantes possam descansar e se admirar o horizonte.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Carine Zandoná Badke / Da Hora

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