A obra apelidada de Caverna do Morcego, do artista Tony Smith, pode ser vista no MARGS. Foto: Eduarda Wilhelm Possenti.
A 9ª Bienal do Mercosul em Porto Alegre, que acontece do dia 13 de setembro a 10 de novembro, é uma exposição de arte contemporânea que conta com a realização de eventos, exposição de filmes, performances e diversas outras atividades. É organizada por uma instituição de Porto Alegre sem fins lucrativos, a Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul, que tem a missão de desenvolver projetos de artes visuais educacionais e culturais permitindo o diálogo com a comunidade.
Turma do segundo semestre do curso de Jornalismo, juntamente com a Profª Janaína Gomes, chegando em Porto Alegre.
A turma do segundo semestre de Jornalismo da UFSM-FW viajou até Porto Alegre no último final de semana, dias 02 e 03, para conferir a Bienal juntamente com a professora de Fotojornalismo, Janaína Gomes, que organizou a viagem. Desde que começou a lecionar na área de Comunicação, Janaína utiliza a Bienal como parte de suas aulas, pois considera muito importante esse contato com a arte para entender a sociedade e os processos comunicativos, podendo assim contribuir com a graduação. “Como educador e como pesquisador, a gente conhece na história que a arte sempre permeia a formação das pessoas. Os intelectuais e os artistas são esponjas e acabam captando as nuances mais importantes de seu tempo, por isso as pessoas precisam entrar em contato com a arte”, salienta ela.
Cinthia Marcelle expõe sua obra intitulada “Viajante engolido pelo espaço”, uma espécie de tapete feito de ferrugem. Foto: Eduarda Wilhelm Possenti.
O título desta edição da Bienal é Se o clima for favorável, que permeia entre a relação da natureza e da cultura e deixa o convite para refletir sobre por que algumas obras de arte perdem ou ganham visibilidade em determinado momento. Foi dividida em três iniciativas: Portais, previsões e arquipélagos, que é a exposição de arte contemporânea; Encontros na Ilha, uma série de discussões e publicações; e Redes de Formação, um programa pedagógico em arte.
Leonardo da Silva, aluno do 2º semestre de Jornalismo, visitou pela primeira vez a Bienal e falou que foi uma experiência fantástica e incomum, que acrescentou inúmeras coisas em sua vida. “Estar em um lugar aonde podemos sentir a arte como um aprendizado é fabuloso, é um ensinamento diferente, um novo olhar para tudo que se chama arte”, comentou.
A lula-gigante (architeuthis), obra de David Zink Yi, faz referências a histórias e fábulas da literatura. Foto: Eduarda Wilhelm Possenti.
Na programação da viagem, houve a visitação dos espaços expositivos que podem ser vistos gratuitamente no Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), Memorial do Rio Grande do Sul, Santander Cultural e Usina do Gasômetro. A visita contou com a colaboração de um mediador da exposição, que possui um conhecimento e um estudo acerca das obras e pode instigar os alunos a ter sua própria interpretação além do objetivo que o artista teve, assim como ajudar a relacionar com a área de comunicação e incentivar a fruir da obra por nós mesmos. Houve espaço também para a visitação da Casa de Cultura Mário Quintana e a 59ª Feira do Livro, que ocorre simultaneamente à Bienal.
A obra que chamou mais a atenção da aluna Carine Zandoná Badke foi a intitulada Cavalos não mentem, do artista Eduardo Navarro. Carine comentou: “fala de como a terapia de toque desenvolvida em crianças autistas por meio de contato tátil com os animais pode ajudá-las; essa obra, em minha opinião, foi a melhor e mais genial em todos os sentidos”.
Eduarda Wilhelm Possenti / Da Hora
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