Um assunto tomou conta das redes sociais neste final de semana: a reação ao resultado de uma pesquisa nacional sobre estupro. Nela, 61,5% dos entrevistados disseram que as mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas e 58,5% afirmaram que, se as mulheres soubessem se comportar, haveria menos estupros.
Várias pessoas, entre eles famosos, amigos, familiares, avós, mães e apoiadores da causa, estão procurando conscientizar a população brasileira via Facebook, mostrando seu apoio e sendo solidários(as) com as mulheres injustiçadas que foram vítimas do estupro, com a frase ‘‘Eu não mereço ser estuprada”, acrescido da hashtag “ninguém merece”, na esperança de poder ajudá-las a se libertarem. Abrir seus olhos e entrar na luta contra o machismo, contra a opressão, contra o abuso e contra cada violência que ocorrem de forma tão natural, resignada a cada dia.
Essa mentalidade ridícula de que a culpa é da vítima deve ser combatida para que finalmente o agressor tome o papel dele de criminoso e seja devidamente punido! O estupro também é um “filho” de todos esses pré-conceitos enraizados numa sociedade (ainda) dominantemente patriarcal e machista.
Terminar de vez não vai, mas ainda é necessário investir em campanhas e reforçar que esse tipo de violência só traz complicações. A solução para este problema no Brasil envolve não só a segurança pública, mas também melhorias no sistema de educação, formando opiniões com novas mentalidades, e nas mudança das leis, o que pode gerar um impacto mais rápido. As duas medidas devem caminhar lado a lado, formando também um ciclo, mas a melhor maneira de prevenir seria agir com o máximo de respeito diante de toda e qualquer situação. Somos mulheres e merecemos ser respeitadas!
Mariana Dal Forno / Da Hora
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