
Televisores e computadores foram os objetos mais arrecadados na campanha. Foto: Victória Lieberknecht
Dezenas de pessoas participaram do “Dia D”, dedicado ao descarte consciente de materiais eletrônicos e jornais velhos. Durante a tarde do sábado, 7, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente da cidade disponibilizou espaço para recolhimento desses resíduos. A ação ocorreu no Largo Vitalino Cerutti, na Praça da Matriz.
A ação foi desenvolvida para os frederiquenses descartarem corretamente os objetos eletrônicos estragados, além de conscientizá-los sobre a importância do destino certo de cada tipo de lixo.
Para a fiscal ambiental da Secretaria do Meio Ambiente, Marivane Buzanatto Piovezan, os moradores devem estar cientes de que a coleta diária de lixo feita com os caminhões da prefeitura servem apenas para os lixos seco e orgânico. Aparelhos eletrônicos como celulares, baterias, pilhas, televisões e rádios, entre outros produtos, não devem ser depositados nesse mesmo lixo, por conterem metais pesados. Segundo ela, esses metais podem contaminar a terra e, consequentemente, os lençóis freáticos.
A contaminação do solo e da água por metais pesados são de difícil neutralização e podem causar danos à natureza e à saúde humana. O tratamento de água feito pelas empresas responsáveis não são capazes de retirar os metais pesados do líquido, podendo agredir seriamente a saúde humana.
Conforme a legislação atual, é obrigatório às empresas fabricantes de eletrônicos que disponibilizem a logística reversa do produto. Ou seja, eles devem recolher de volta e dar a destinação correta. “Como isso ainda não está totalmente em prática, existem essas campanhas de conscientização”, explica.
O comerciante Doraci Francisco Sbarello participou da campanha. Levou uma televisão antiga e dois computadores. Para ele, é muito bom existirem essas coletas, pois é uma referência que o cidadão tem de descartar corretamente os resíduos. “É complicado ficar guardando esses aparelhos em casa. Ocupa muito espaço e podem resultar em algum problema”, relata.
Sbarello conta que trabalha em uma empresa que recicla, separa e, se possível, vende os resíduos da produção. “Aprendi em casa, e desde então procuro sempre fazer o descarte correto. Se a administração ajudar, como está fazendo agora, é mais fácil para todos nós”, comemora.
Victória Lieberknecht / Da Hora
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