Mesmo distante de seus países, pessoas de diferentes nacionalidades vivem o clima do evento.
A maior competição do mundo sempre reúne diversas nações, e na Copa do Mundo realizada no Brasil não é diferente. Muitos estrangeiros vieram ao país para assistir aos jogos, mas existe também uma quantidade significativa que reside no Brasil. Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são cerca de 704 mil pessoas. A maior concentração está na Região Sudeste e, em segundo, a Região Sul.
Frederico Westphalen e região também abrigam alguns desses estrangeiros há vários anos. Para saber para quem estão torcendo no mundial, conversamos com alguns deles.
Hasan Ousef, 47 anos
Nascido na Jordânia, criado na Alemanha, reside no Brasil há 25 anos e é empresário em Frederico Westphalen. Não acompanhou as eliminatórias da Copa do Mundo e não está acompanhando todos os jogos do mundial. Ousef disse que é contra o futebol, pois uma minoria de torcedores causa muita violência durante os jogos. “É tudo muito diferente do meu país. Também sou a favor das manifestações, mas sou contra os vândalos”. Quanto aos investimentos realizados para o evento, ele frisou que foi gasto muito dinheiro, e que o país precisa de mais saúde e educação, não de estádios. “Minha torcida é para a Alemanha, já vencemos o mundial três vezes, a última em 1990”.
Mahmoud Ali Younes, 75 anos
Natural do Líbano, veio ao Brasil com 20 anos e mora em Frederico Westphalen há 54 anos e é empresário. Younes disse que sempre acompanha os jogos dos campeonatos mais importantes do mundo, e a Copa não seria diferente. “Quem é que não gosta de futebol? É um esporte mundial, muito bonito, muito bom de se ver”, disse. Ele revelou que sempre acompanha a seleção do Líbano, mas relata que seu país, por ser muito pequeno, nunca se classificou para uma Copa do Mundo. O grupo acaba sempre sendo desclassificado nas eliminatórias asiáticas. O empresário frisou também que o maior inimigo do seu país é Israel, sendo que os países árabes não jogam contra Israel, somente enfrentam a Síria, Iraque e Jordânia, entre outras. Mas Younes revelou que sua torcida é para o Brasil, sempre.
Samba Sané, 49 anos
Natural da Guiné-Bissau, mora no Brasil há dez anos. O professor universitário acompanhou todas as eliminatórias africanas e queria que seu país fosse para a primeira Copa do Mundo, o que acabou não acontecendo. Guiné perdeu na primeira fase para a seleção de Gana, que é um dos representantes do continente nessa Copa. “Nosso país ama o futebol, é um esporte bem popular, toda criança desde pequena pratica o esporte”. Sané também falou que assistiu, em 1997, a uma final do campeonato africano, em que seu país acabou sendo derrotado pelo Senegal, por 2 a 1. Ele afirma também que torcerá pelo Brasil e por todos os representantes africanos.
César Augusto Vargas Vallejo, 53 anos
Natural da Bolívia, reside no Brasil desde 1981, onde cursou Medicina e acabou ficando. Atualmente mora em Frederico Westphalen. O médico acompanhou quase todos os jogos das eliminatórias e também está acompanhando todas as partidas da Copa do Mundo, dentro do possível. Ele relata que está dividido entre torcer para o Brasil, pois foi o país que o acolheu e onde seus filhos nasceram, e pela Alemanha, já que estudou lá e gosta muito do campeonato alemão, por ser dinâmico, e onde deixou muitos amigos.
José Luís Gustavo Arias, 49 anos
Natural da Argentina, reside no Brasil desde 1991. É empresário e mora em Seberi. Acompanhou todas os jogos das eliminatórias, e não perde um jogo da Copa do Mundo. Sua torcida é para a Argentina, mas fala que os favoritos são Alemanha, Brasil e Holanda, e que o título ficará entre eles.
Renato Padilha / Da Hora
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