Acessibilidade não é opcional. É fundamental

Apesar dos problemas da infraestrutura que o campus apresenta, ações para torná-lo acessível estão sendo desenvolvidas.

Foto: Cássio Prettz

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A Universidade Federal de Santa Maria, UFSM, é conhecida pelas suas três áreas de atuação: ensino, pesquisa e extensão. A universidade é referência no estado, e conta com vários campus distribuídos pelo estado do Rio Grande do Sul. Estre os 18.489 acadêmicos da universidade, vários apresentam algum tipo de deficiência. Seja ela visual, auditiva, motora ou mental, e na qual necessitam de uma infraestrutura para o acesso ao ensino. O conceito de deficiência é dado a todo o sujeito que tem um ou mais problemas de funcionamento ou falta de parte anatômica.

Foto: Cássio Prettz

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No campus de Frederico Westphalen, a acessibilidade começou a ser pensada a partir do ingresso da acadêmica do curso de Jornalismo, Rubia Steffens, “pois nós precisamos responder a uma série de legislações dos direitos que eles têm de igualdades, e basicamente a filosofia da permanência do aluno é a gente diferenciar para igualar”, comenta a professora Janaína Gomes, integrante do Núcleo de Acessibilidade da UFSM-FW. Para a estudante, a falta de sinalização é um dos principais fatores que dificultam a locomoção dentro do campus: “Não existe pisos táteis, não existe sinalização nas portas, placas em braile indicando que sala que é, então pra mim é meio complicado”, comenta Rubia.

Foto: Cássio Prettz

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Para alguns estudantes da UFSM-FW, o campus ainda não está preparado para oferecer um ensino de qualidade aos deficientes. O acadêmico do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária, Cassiano Ricardo Schavinsk, apesar de não possuir nenhuma deficiência, percebe as dificuldades que o campus apresenta. “Percebe-se que nas ruas é difícil a locomoção, bem como estrutura de materiais, livros em braile, tradutores e intérpretes para deficientes auditivos, então eu acredito que ainda tem muito o que mudar”. Para a estudante de Agronomia Fernanda Maria, o transporte que leva os acadêmicos até a universidade também não está pronto para receber alunos com deficiência, pois “não é adaptado para pessoas com necessidades especiais”. A acadêmica ainda ressalta que o campus, para ser acessível, precisa passar por algumas mudanças: “É bem complicado para a pessoa com deficiência circular por lá, é necessário uma reforma estrutural geral”. Para melhorar as condições em que a universidade se encontra, algumas atitudes estão sendo tomadas. “A Universidade Federal de Santa Maria agora está fazendo um relatório geral de cada centro para o Núcleo de Acessibilidade, para que possamos saber o que precisa ser feito para a adequação”, comenta Janaína Gomes. Elevadores e alguns materiais em braile já estão disponíveis para o acesso desses acadêmicos, mas ainda há um longo caminho para a universidade se tonar referência nessa questão.

 

Cássio Prettz / Da Hora

 

 

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