Ninguém esperava. Nem o mais otimista alemão nem o mais incrédulo brasileiro podia imaginar o resultado final de Brasil e Alemanha ontem no Mineirão. Era uma semifinal de Copa do Mundo em solos tupiniquins, o ar decisão superava a tensão pelo fato de não poder contar com Neymar. Para seu lugar, os telões do estádios anunciaram a escalação com Bernard, camisa 20, o mesmo numero de Amarildo, substituto de Pelé, que assim como Neymar não pode seguir em campo na copa de 62 no Chile. Superstição? Talvez.
Não adiantou. Aos 25 minutos a Seleção pentacampeã do mundo já sofria a maior vergonha de sua história: em menos de meia hora de jogo a Alemanha já aplicava um sonoro 5 a 0. A essa altura da partida, os torcedores que permaneciam no estádio do Mineirão já haviam presenciado Miroslav Klose tornar-se o maior artilheiro das copas ao marcar o segundo gol alemão, o seu décimo-sexto em mundiais, ultrapassando o brasileiro Ronaldo.
Contra o Brasil, Klose tornou-se o maior artilheiro das copas do mundo
(Foto: Jefferson Bernardes / VIPCOMM)
Os dois últimos golpe vieram no segundo tempo, dos pés de Schürrle. No final, Oscar diminuiu o placar, mas não a vergonha. Alemanha 7 a 1.
Não foi só uma derrota inesquecível e dolorosa, mas com certeza um dos maiores vexames dos mais de 100 anos da Seleção brasileira de futebol. Para o torcedor Alexander Rigatti, uma série de fatores influenciaram na vergonhosa derrota, e ainda comenta o que acha que precisa ser feito a partir de agora:
“A maior culpa é dos jogadores, que não jogaram nada, mas o Felipão tem culpa também, porque só ele não viu que não dá pra deixar o Fred jogar, e a tática que ele escolheu não foi a melhor, pois o Brasil não povoou o meio-campo, diferentemente da Alemanha. Agora, a seleção tem que absorver o mais rápido possível a derrota e pensar em pelo menos conseguir ficar em terceiro. A derrota serviu de lição que camisa e mando de campo não ganham jogo”.
Festa alemã no Minerão
(Foto: Jefferson Bernardes/VIPCOMM)
O Brasil volta a campo no sábado para a decisão do terceiro lugar e tentar diminuir um pouco o desastre ocorrido. Mais do que jogar pela honra, os jogadores deverão tentar recuperar um pouco da moral que lhes foi tirada ontem em Belo Horizonte.
Rodrigo D’avila/ Da Hora
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