Jornalismo como paixão, foi tema da palestra do segundo dia da Semana Acadêmica de Comunicação Social
Encerrando a tarde do segundo dia da Semana Acadêmica da Comunicação Social, dos cursos de Jornalismo e Relações Públicas da UFSM/FW, os acadêmicos contaram com a ilustre presença do comentarista e apresentador da RBS TV e TVCOM Mauricio Saraiva, palestrando sobre o tema: “Jornalismo: profissão que nasce da paixão.” A palestra foi uma das mais esperadas por se tratar de um renomado profissional do meio da comunicação.
Em uma conversa como prefere chamar, Mauricio Saraiva contou aos estudantes sobre sua trajetória no Jornalismo, desde seu ingresso na profissão. Atua no jornalismo esportivo desde 1986 e cobriu as Copas do Mundo de 2002 na Coreia do Sul e Japão, 2006 na Alemanha e 2010 na África do Sul.
Contou de sua paixão pelo jornalismo que vem desde muito cedo, em torno dos cinco anos de idade quando ouvia a rádio junto com seu pai, onde via as pretensões do futebol “ao invés de ser o cara que joga futebol, eu queria ser o sujeito que falava sobre quem joga bola.”
“Muita comunicação e muita insistência”, é o que afirma em relação a luta de encontrar o primeiro emprego após os quatro anos da graduação, em que é de suma importância a persistência por aquilo que se deseja. O passo mais importante é entrar no mercado de trabalho, mesmo que não seja na posição sonhada e ter sempre uma endocomunicação dentro da empresa, “eu sou produtor, mas quero ser repórter”, a comunicação interna com o chefe para saber o que se deseja profissionalmente é muito válida, “se você não disser o que busca exatamente, vai ser um sonho secreto, e jornalismo não é para ser secreto é pra ser pra fora”, é o que afirma Mauricio.
Sua primeira experiência começou na Rádio Guaíba como produtor, o que não obteve muito sucesso e teve sua primeira demissão. Logo após ingressou na Bandeirantes, no ano de 1987 e permaneceu até 1990, fazendo reportagens e comentários esportivos. Em Março de 1990 instituiu-se o Plano Collor, e a Bandeirantes por medidas de cortar custos, fechou todo o departamento de esporte, e pela segunda vez passou por demissão. Passado um tempo foi convidado pela rádio Guaíba novamente para ser repórter do jornalismo, que durou de 1990 até 1994, “você sai do ideal para fazer o possível, mas foram 4 anos muito bons marcados por grandes coberturas”, é o que afirma o comentarista. Retorna a Bandeirantes para fazer apresentações de programas de rádio e meio ano depois entradas nacionais na Band TV. Ainda não estava fazendo futebol, que era seu grande sonho, “acontecia pela terceira vez na minha carreira uma situação que saia do meu centro, do foco, do sonho, da paixão, mas ainda era o que eu queria, estava envolvido na comunicação.” Iniciou na RBS TV no ano de 1996, como repórter do esporte. A partir de 2003 foi escalado para comentar futebol.
“Daquilo que você tem que parece ruim, tente fazer o melhor” é a reflexão que passou aos acadêmicos citando como exemplo seu início de carreira em meio as dificuldades enfrentadas, mas sempre visando transformar aquela situação a seu favor. A carreira exige certos sacrifícios e frustrações, mas que no final serão recompensados. Salienta que nunca deve-se esquecer o que levou cada um ao jornalismo, “é uma profissão que nasce definitivamente da paixão por fazer isso que faz”. Jornalismo é paixão, com intensidades e momentos extraordinários.
Por se tratar de paixão, explanou sua mais recente paixão que é o “Botequim do Mauricio”, quadro que vai ao ar aos sábados no Globo Esporte, que nasceu da mistura de samba, carnaval e futebol. Desde 2002 trabalha na transmissão do carnaval, e então surgiu a ideia de falar de futebol com uma leveza maior.
Para finalizar, foi feita uma rodada de perguntas e curiosidades pelos acadêmicos. A conversa com um profissional de grande renome foi muito significativa na vida acadêmica de cada um dos presentes, abrindo novos horizontes e proporcionando uma grande troca de experiências.
Bruna Bueno/Da Hora
Pablo Estel/Da Hora
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