Chuva não atrapalhou o segundo dia do MDBF, em Caxias do Sul

Sob um céu de chuva e blues, o segundo dia do Mississippi Delta Blues Festival, na sexta (21), começou com uma forte chuva que caiu sobre Caxias nos primeiros momentos do festival. Apesar disso, a grande quantidade de áreas cobertas abrigaram o público, que não deixou de curtir os shows.

Barber Shop Main Stage

Quem abriu os trabalhos da segunda noite no palco principal foi a banda mexicana Los Mind Lagunas, com a participação de Gustavo Andrade, de Minas Gerais. Tocando uma mistura de blues, funk soul e surf, fizeram a chuva parecer um mero detalhe para o público presente, com quem conversaram e contaram algumas aventuras da banda. Guit4rs for the Blues foi a próxima banda a pisar no palco. O quarteto é composto por Danny Vincent, Solon Fishbone, Fernando Noronha e Netto Rockfeller, cada um com seu estilo, mas que juntos dão o seu melhor para o mesmo objetivo: tocar blues.

Lurrie Bell é um importante guitarrista de blues dos Estados Unidos Foto: Eduarda W. Possenti

Lurrie Bell é um importante guitarrista de blues dos Estados Unidos
Foto: Eduarda W. Possenti

O guitarrista e vocalista Lurrie Bell, de Chicago, Estados Unidos, também se apresentou no festival, reunindo grande parte do público e fazendo várias pessoas dançar. Ele é filho de um dos mais famosos gaitistas de blues, tocou ao lado de importantes nomes do gênero e é considerado um dos melhores guitarristas de blues. A única coisa que atrapalhou sua apresentação foram as falhas no som durante algumas músicas, mas nada que comprometesse significativamente o andamento do show.

Johnny Nicholas, do Chile, encerrou a segunda noite do festival Foto: Eduarda W. Possenti

Johnny Nicholas, do Chile, encerrou a segunda noite do festival
Foto: Eduarda W. Possenti

A noite também contou com duas atrações surpresas. No meio do público, um grupo de dançarinos interpreta a música Let’s Twist Again, com uma coreografia típica da dança twist, estilo que marcou os anos 60. Gonzalo Araya, considera um dos melhores gaitista chilenos, surpreendeu o público com participação surpresa e com seu talento. Para encerrar a noite, o palco principal recebeu Johnny Nicholas, do Texas, um grande nome da música americana e premiado pelo Grammy Award. Multi-instrumentista, Johnny chamou o público para dançar um boogie-woogie e animou a plateia.

Magnolia Stage

A britânica Bex Marshall agitou o público no Magnolia Stage Foto: Talita Moraes

A britânica Bex Marshall agitou o público no Magnolia Stage
Foto: Talita Moraes

O palco das mulheres recebeu três atrações na noite de sexta-feira (21). Fran Duarte, que já se apresentou mais vezes no festival e é de Caxias do Sul, foi a primeira a se apresentar. Dando sequência, a britânica Bex Marshall, dona de uma voz espetacular, interpretou artistas como Janis Joplin e arrancou muito aplausos da plateia. A repórter da Agência da Hora, Talita Moraes, conversou com Bex, que disse: “É um dos melhores festivais em que já toquei, com certeza. Ele usa seu blues por todos os orifícios, todos os cantos é blues, isso é importante e é blues de verdade, sabe, não tão misturado com o rock, o que eu acho que às vezes acontece em festivais de blues. Depois de um show, é o mais viva que eu já estive. É a adrenalina e é a razão porque fazemos isso, (…) é uma das maravilhosas vantagens do ofício”. Mas o show mais empolgante do segundo dia do MDBF foi a da terceira e última atração do Magnolia, a cantora Jai Mailano, do Texas, que tocou acompanhado dos competentíssimos integrantes da Igor Prado Band.

Front Porch Stage

Robert Bilbo Walker surpreende com sua performance no palco Foto: Talita Moraes

Robert Bilbo Walker surpreende com sua performance no palco
Foto: Talita Moraes

Robert Bilbo Walker, do Mississippi, Estados Unidos, é um dos poucos artistas genuínos do blues que ainda estão e atividade. Dono de um estilo único, agitou o público quando desceu do palco para tocar no meio da plateia, que não se intimidou com a lama e poças d’água. Larry McCray mostrou novamente o seu talento na Casinha do Blues, sendo o segundo e último show desse palco. A repórter Talita Moraes conversou também com Larry, que contou que já esteve várias vezes no Brasil e está se divertindo muito na cidade. “Eu adoro a América do Sul, mas o Brasil é meu favorito. Aqui é minha casa, adoro aqui”.

All Aboard Stage

A banda caxiense Electric Blues Explosion no All Aboard Stage Foto: Eduarda W. Possenti

A banda caxiense Electric Blues Explosion no All Aboard Stage
Foto: Eduarda W. Possenti

No All Aboard Stage de sexta, se apresentaram três bandas caxienses. A It’s So Blues, integrada por Alisson Witt, Ale Alles, Débora de Oliveira, Gê Aita, Davi Frezza e Samuel Dutra, apresentou um som que vai desde o clássico à algo mais experimental. A Delta Jam participa pela segunda vez no festival e recebeu vários pedidos de bis. Inovaram ao trazer uma dançarina de pole dance para se apresentar junto com a banda. Com o tempo apertado devido alguns atrasos, a Electric Blues Explosion lotou as arquibancadas em frente ao palco e antecedeu o show final do palco principal.

Mississippi Stage

Alamo Leal, do RJ, se apresentou no Mississippi Stage juntamente com convidados Foto: Eduarda W. Possenti

Alamo Leal, do RJ, se apresentou no Mississippi Stage juntamente com convidados
Foto: Eduarda W. Possenti

O Mississippi Delta Blues Bar recebeu diversos músicos e embalou as conversas de bar de quem optou por sentar, beber ou comer alguma Sara coisa. Se apresentaram músicos como Toyo Bagoso, coordenador do festival, Marina Garcia, Cristiano Crochemore, do Rio de Janeiro, Andy Serrano, Alamo Leal & Convidados e The Headcutters, de Itajaí, considerados um dos maiores destaques do blues nacional.

Folk Stage

No Folk Stage, se apresentaram Duda Velasquez, de Porto Alegre, Flávio Ozelame, de Caxias do Sul e Léo Mandelli, também de Caxias.

Eduarda Wilhelm Possenti / Da Hora

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