Estrangeiros na Universidade

O número de estrangeiros no país vem aumentando e o campus de Frederico Westphalen recebeu três estrangeiros neste ano

O número de estrangeiros nas universidades públicas do Brasil vem aumentando nos últimos anos, segundo pesquisas. Conforme dados divulgados pelo Inep, só na graduação o número chegou a 12.703 no ano de 2013.  Neste ano, a Universidade Federal de Santa Maria – Campus Frederico Westphalen recebeu três estrangeiros a fim de cursar o mestrado em agronomia.

Adám Marcel Puc Uitzil, vindo do México, trabalhando em suas atividades de mestrado na área de Agronomia na UFSM campus Frederico Westphalen

Adám Marcel Puc Uitzil, vindo do México, trabalhando em suas atividades de mestrado na área de Agronomia na UFSM campus Frederico Westphalen / Foto: Taiz Richter

A secretária executiva da UFSM Campus FW, Adriana Campanogara Aires da Silva, explica que a SAI- Secretaria de Apoio Internacional é a responsável pelos diversos programas através de convênios para intercâmbio. Segundo Adriana, as propostas de intercâmbio são enviadas pelas pró-reitorias das instituições pra as coordenações de curso, que decidem conforme o seu interesse e respondem as solicitações.

Ainda no ano de 2014, a universidade recebeu quatro propostas de convênio e a coordenação aceitou participar. Destes quatro, surgiram candidatos em dois programas, no Programa de Alianças para Educação e Capacitação da Organização dos Estados Americanos (PAEC) e no PROPAT – Brasil México – Programas de bolsa de pós-graduação em pecuária e agricultura Tropicais.

A secretária executiva, explica que, quando as propostas são aceitas pelas universidades os programas abrem editais, período de inscrição e processos seletivos para que os acadêmicos interessados se inscrevam conforme sua afinidade com a área de atuação e região. Depois das inscrições, a universidade que receberá os alunos os seleciona conforme o seu currículo.

John Stolzle, vindo do Kansas, exercendo suas atividades do mestrado em Agronomia na UFSM campus Frederico Westphalen

John Stolzle, vindo do Kansas, exercendo suas atividades do mestrado em Agronomia na UFSM campus Frederico Westphalen / Foto: Taiz Richter

O PAEC é destinado a qualquer aluno dos países da América e não possui bolsa sendo esta fornecida pela própria UFSM. Através desse programa a universidade recebeu o acadêmico John Stolzle, que veio do Kansas, Estados Unidos, para cursar mestrado em Agronomia, John fala que o programa tinha várias opções, dentre as quais, escolheu a UFSM: “O programa tinha uma lista de cinquenta ou talvez 100 diferentes universidades do Brasil. Mas, trinta ou quarenta tinham convênio na minha área. Eu olhei todos os programas com a minha namorada, que fala português, e na lista, a UFSM foi a minha melhor escolha”.

O PROPAT tem bolsa oferecida pelo próprio programa e teve 13 alunos inscritos. Destes, quatro foram escolhidos através de processo seletivo. Dentre eles, dois estão na universidade, Adám Marcel Puc Uitzil e Oscar Valeriano Sanchez Valera, vindos do México para cursar mestrado em agronomia.

Adám Marcel Puc Uitzil comenta sobre a experiência de estar no Brasil: “É uma experiência muito importante porque no México admiramos o Brasil pela produção tanto em matéria vegetal como animal. Estamos dispostos a aprender e levar a tecnologia do Brasil ao México, porque esse é o nosso propósito”.

Oscar Valeriano Sanchez Valera  na UFSM campus Frederico Westphalen, trabalhando em suas atividades de mestrado em Agronomia

Oscar Valeriano Sanchez Valera na UFSM campus Frederico Westphalen, trabalhando em suas atividades de mestrado em Agronomia / Foto: Taiz Richter

Oscar Valeriano Sanchez Valera fala sobre as diferenças na socialização e as suas dificuldades: “Algumas diferenças que encontramos aqui são na forma de sociabilizar. No México as pessoas socializam mais em grupo e aqui as pessoas são mais individuais. Aqui percebemos que os alunos buscam projetos de pesquisa e demonstram muito interesse. Mas, ainda sinto dificuldades na hora da comunicação, porque as vezes quero fazer uma pergunta, mas não sei como desenvolvê-la”.

Os estrangeiros assistem às aulas normalmente, mas comentam que possuem dificuldades com a língua, principalmente John que ainda sabe muito pouco de português. Segundo Adriana, a universidade vai oferecer curso de português para os estrangeiros em Santa Maria ainda sem data prevista e ressalta que abrirão novos editais para a entrada de outros estrangeiros.

 

Taiz Richter/ DaHora

 

 

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