Após anos de negociações o plano finalmente sai do papel.
Em agosto deste ano as obras do Hospital Público Regional (HPR) começaram a se tronar realidade. Neste mês começaram as obras de acesso ao terreno do futuro hospital para fazer a terraplanagem, localizado às margens da BR-468.

Placa localizada na RS-569, informando a construção do novo Hospital Público Regional. Foto: Correio do Povo
A Consórcio HPR Missões, responsável pela construção do hospital esta a cargo das empresas Engeform e Porto Novo. De acordo com o contrato assinado no dia 11 de agosto, a obra tem prazo de entrega de dois e poderá gerar de 400 a 600 empregos, contando com aproximadamente 1.200 funcionários em toda a rede.
A respeito do longo caminho percorrido para a realização da obra e, consequentemente a demora, o presidente da comissão do HPR, Plínio Simas não considera um atraso e sim, um tempo de maturação pelo tamanho e complexidade da obra, enfatizando ainda que a obra não foi ganha, mas sim conquistada todos os dias, superando obstáculos e aprovações.
O Hospital Público Regional será um hospital da Rede SUS, especializado no atendimento de procedimentos de média e alta complexidade, com um total de 244 leitos. Sua efetivação além de garantir a transformação de Palmeira das Missões em um polo regional de saúde, recebendo centenas de pessoas que até então precisam se deslocar para grandes centros em busca de atendimentos, também, segundo Plínio facilitará a vida da população. Um exemplo disso é a possibilidade de se realizar um diagnóstico precoce e mais rápido de doenças da população, facilitando assim a cura, diminuindo os gastos e economizando vidas.
Entenda o caso – cronologia
As negociações a respeito da construção do Hospital Público Regional (HPR) datam ainda de 2012, quando as primeiras reuniões referentes a definição das especialidades do hospital foram debatidas. O coordenador do Projeto de Implantação do HPR Gilberto Barrichello, assim como a Secretaria Estadual de Saúde e demais apoiadores participaram do debate naquela época.
Ainda em 2012 o projeto executivo encontrava-se em fase de finalização para a entrega e o início das obras estavam previsto para o segundo semestre do mesmo ano. Mais de R$ 40 milhões já estavam disponíveis em caixa e mais R$10 milhões foram anunciados.
Passados dois anos, no dia 29 de maio de 2014, o governador Tarso Genro anuncio um aditivo financeiro no valor de R$ 87 milhões para a construção, e, inclusive, lançou o edital de licitação do hospital Frederico/Palmeira. Na época, a construção utilizaria dependências já existentes do Hospital Divina Providência de Frederico Westphalen, ideia que hoje, não se cogita mais. Em julho do mesmo ano, as disputas de licitações foram suspensas momentaneamente e, em dezembro, com a aprovação do orçamento do projeto realizado pela Caixa Econômica Federal, a Prefeitura pôde retomar o processo. O Governo Federal realizou, ainda, um repasse no valor de R$ 87,5 milhões.
Neste ano de 2015, em julho, outro aditivo de R$ 35 milhões foi assinado, resultando em um total de R$ 165 milhões para a realização da obra. O prefeito Eduardo Russomano Freire salientou, ainda, que o projeto HPR poderá atingir R$ 300 milhões somando o investimento em equipamentos.
Leia abaixo a entrevista completa com Plínio Simas, presidente da comissão do Hospital Público Regional.
Da Hora-Qual o histórico de lutas para a vinda deste hospital para a região?
Plínio Simas – A luta para a conquista do Hospital Público Regional levou em consideração a grande necessidade de um equipamento de média e alta complexidade na região de 72 município que não tinham estes serviços, espelhado também na forma de pleito feito para conquista a UFSM Frederico, Palmeira, o HPR teve a participação de todas as forças da sociedade regional, coordenada pelos movimentos sociais na articulação Politica, Prefeituras, deputados, governos de estado e federal, ministérios e articulando o projeto técnico com Universidades, Hospital Conceição e assessoria de dois médicos do ministério da saúde, várias atividades regionais com entidades de classe, movimentos sociais sindicais, universidades.
Da Hora -O HPR já é um projeto que se estende durante vários anos (um exemplo é a maquete do projeto, que já existe desde 2012). Porém, o edital do HPR só foi lançado em maio de 2014 e as primeiras obras, somente em agosto desse ano. O que motivou tais atrasos?
Plínio Simas – O inicio do movimento pró-HPR é 2007. Em 2008 e 2009 começou a elaboração do plano de necessidades de negociações, 2010 contrato entre o Ministério da saúde e prefeitura de Palmeira das Missões, 2012 contratada a empresa para fazer o projeto arquitetônico e complementares, em 2014 aprovado junto a caixa a planta e seu devido orçamento, 2014 licitado a obra, e em 2015 contratado consórcio para execução da obra, valor 162 milhões. Não considero atraso, e sim tempo de maturação pelo tamanho e complexidade da obra, e também nós não ganhamos e sim conquistamos e todo dia superamos e ainda estamos superando obstáculos, e aprovações de licenças junto aos bombeiros, Corsan, RGE, vigilância sanitária, FEPAM e CAIXA Federal, em breve
Da Hora – Quais as vantagens que a região pode ganhar com tal estrutura aqui sediada?
Plínio Simas –Primeiro, é nascer na região porque todos os partos de risco que ultrapassa 50% dos partos são feitos fora da região, diagnóstico precoce das doenças da população, com isso facilita a cura e diminui os gastos e economiza vidas, e termina a ambulância terapia para grandes centros,
Da Hora – Serão feitas outras obras na infraestrutura regional para dar apoio ao HPR?
Plínio Simas – Em nosso movimento está a estrutura de Frederico Westphalen para ser ampliado no objetivo de se complementar nas especialidades e fazer parte do mesmo projeto HPR, e também trabalhamos para que seja em rede com os demais 42 hospitais da região para não superlotar o HPR com doenças de baixa complexidade que poderão ser atendido nos hospitais de pequeno porte.
Da Hora -O Hospital de Caridade de Palmeira das Missões, depois da inauguração do HPR, irá se manter em atividade (como um hospital de apoio)? Há planos da comissão para o HC?
Plínio Simas –O HPR não substituirá nenhuma estrutura existente em Palmeira e nem na região porque ele vem para absorver as demandas de média e alta complexidade que sai da região, portanto continua as atividades normalmente em Palmeira e demais hospitais,
Da Hora -Há a intenção de trazer um curso de medicina para Palmeira das Missões? O que tal curso pode trazer para o HPR?
Plínio Simas –Estamos em tratativa com o ministério da educação e ministério da saúde , para implantação do curso de Medicina junto UFSM, campus Palmeira das Missões, e também o HPR foi planejado para ensino e pesquisa, terá espaço para demais universidades e escolas técnicas da área de saúde, também viemos conversando com universidade a qual já está planejando vários cursos que dialoga com o HPR.
Da Hora -Há um prazo determinado pela comissão para a inauguração do HPR?
Plínio Simas –O contrato assinado com as empresas ENGEFORM e PORTO NOVO construtoras tem um prazo de 24 meses a partir do início das obras, para conclusão.
Está é uma produção experimental de jornalismo colaborativo produzida pelos acadêmicos da disciplina de agência experimental da DCG Agência Da Hora
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