A greve dos bancários que se iniciou na ultima quinta-feira, 8, tem uma mobilização mais intensa do que a do ano de 2015. No Estado são mais de 710 agências sem atendimento e em Frederico Westphalen, a Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banrisul aderiram à greve. Os caixas eletrônicos e os correspondentes bancários (como lotéricas, correios e postos autorizados) estão funcionando normalmente e nos locais de autoatendimento há funcionários que auxiliam na realização das operações bancárias.
Na sexta-feira, 9, foi realizada uma negociação entre a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e os Sindicatos dos bancários de FW e região, o qual foi proposto o aumento do reajuste de 6,5% para 7%, enquanto o abono seria ampliado de R$ 3 mil para R$ 3,3 mil, no entanto a proposta foi rejeitada pelos funcionários da categoria. A reivindicação dos servidores bancários é de que a reposição inflacionária dos salários seja de 14,3% (percentual da inflação dos últimos 12 meses), com aumento real de 5%, além de participação nos lucros com valor fixo de R$ 8,3 mil, acrescido de mais de três salários.
Renato Luiz Slaviero secretário-geral do Sindicato dos Bancários de Frederico Westphalen, em entrevista ao jornal O Alto Uruguai, afirmou que as reivindicações vão além da questão salarial. “Nossas reivindicações também abrangem a segurança dos funcionários dentro das agências, carga horária, saúde do trabalhador e, especialmente, contrários a uma política de terceirização que alguns bancos estão adotando. Isso é prejudicial para o trabalhador que atua na instituição e para o que irá entrar”, explicou. Seguindo a tendência nacional, não há uma expectativa para que os servidores bancários retornem da greve.
Patrícia Dal Molin – Acadêmica do 2º semestre de Jornalismo e voluntária da Agência da Hora
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