Estudantes do IFFar realizam manifestação em Frederico Westphalen

Jovens ganharam apoio de órgãos de educação durante caminhada

Estudantes do Instituto Federal Farroupilha (IFFar) promoveram um ato de protesto intitulado ‘Movimento IFFar’, na manhã desta sexta-feira, 07, às 9h, iniciado na Praça da Matriz, e que percorreu várias ruas da cidade. . Eles são contra a PEC 241, PLP 257 das Reformas Trabalhistas e também contra as Medidas Provisórias (MP’S) para o Ensino Médio.

Com o apoio do Sindicato dos Servidores Federais, que disponibilizou o ônibus para o transporte, os estudantes apresentaram à comunidade em geral suas principais reivindicações que estão pautadas na PEC 241. “Essa é uma manifestação que partiu da insatisfação dos estudantes, estamos no apoio porque entendemos a necessidade de unir forças com essa categoria estudantil”, declarou a Assistente Social Maíra Giovenardi.

Assistente Social Maira Giovenardi. Foto: Inácio de Paula/DaHora

Assistente Social Maira Giovenardi. Foto: Inácio de Paula/DaHora

O projeto de Lei entrará em votação na próxima segunda-feira, 10, e se aprovado congelará os investimentos nos serviços públicos essenciais, como educação e saúde, e à reforma do Ensino Médio, com previsão de permanência de vinte anos.

A estudante do 1º ano de Técnico em Informática, uma das coordenadoras da mobilização, Mariana Sanderson Soardi, 15 anos, relata a importância do comprometimento dos estudantes nesse tipo de manifestação. “Os estudantes devem tomar à frente de decisão, apesar de não podermos está presente nos locais de votações, no congresso, mas mesmo assim não podemos negar a luta. Precisamos unir forças”, pontuou.

Os estudantes percorreram as principais ruas de Federico Westphalen e entoaram gritos de ordem, como:“Juventude que ousa lutar, constrói poder popular”, “Mais educação, menos Temer”, “Se a população se unir, a PEC vai cair”, Transformar o país inteiro num puteiro, porque assim se ganha mais dinheiro”, Temer seu moleque, a gente não aprova a PEC” e “Contra a PEC 241”.

Um dos coordenadores da manifestação, membro do coletivo “Movimenta UFFar/FW”, estudante do curso técnico em agropecuária, Dianathan Martins, disse que os estudantes seguem com a ocupação do campus do IFFar até decisões posteriores, sem prévia de encerramento.

 

Membro do "Ter Coragem", Nicole Bavaresco Rezende. Foto: Inácio de Paula/ DaHora

Membro do “Ter Coragem”, Nicole Bavaresco Rezende. Foto: Inácio de Paula/ DaHora

Apoio de coletivo da UFSM

No período da tarde, na última quinta-feira, 06, os estudantes organizados foram até a UFSM/FW e convidaram os universitários e a comunidade acadêmica em geral para unir forças no movimento que, segundo  seus membros, “prega contra os retrocessos e a retirada de direitos.”

O coletivo É preciso Ter Coragem, formado por acadêmicos da Universidade Federal de Santa Maria, campus Frederico Westphalen (UFSM/FW), esteve presente unindo forças no movimento. “Essa luta é todos (as), inclusive, dos servidores técnicos, estudantes, dos discentes e, principalmente, da população frederiquense. Então, venham todos”, discursou a estudante de engenharia ambiental, membro do Ter Coragem Nicole Bavaresco Rezende.

Caminhada que agregou adeptos

O evento que teve início praça da Matriz, no Largo Vitalino Cerutti, se estendeu pelas principais ruas da cidade de Frederico Westphalen. Após breve discurso de apresentação para os que se encontravam no local, como os populares que se aproximavam, foram realizadas entregas de panfletos aos condutores que trafegavam pela Rua do Comércio, por fim, os manifestantes partiram em caminhada.

Pontos estratégicos foram mapeados para mobilizações, convites e esclarecimentos sobre os diretos contestados. Dos lugares enfatizados, destacam-se: a Unidade Básica de Saúde Drº Ayres Cerutti, a Escola Estadual de Educação Básica Sepé Tiaraju, os Correios, a Prefeitura Municipal de Frederico Westphalen, Brigada Militar do 2º grupo Ambiental, a Escola Estadual de Ensino Médio Cardeal Roncalli, o Salão de Atos da URI, a Escola Técnica de Ensino Médio José Cañellas e retornaram para praça, local de início.

Professor Alexandre Castanho Bruno

Professor Alexandre Castanho Bruno

Na escola Cardeal Roncalli, a diretora Rozi Lara Grassi permitiu a entrada dos manifestantes para um breve diálogo que apresentou aos estudantes daquela instituição o motivo da manifestação. “É uma luta de todos, a aprovação dessa PEC agredirá todas esferas da educação e os direitos que foram conquistados com muita luta. Nossos alunos se reúnem, sim, aos demais estudantes nessa caminhada”, finalizou a diretora ao liberar os alunos para continuarem juntos durante caminhada.

Em apoio ao movimento, o professor da escola José Cañellas, mestrando em educação, Alexandre Castanho Bruno falou da importância da mobilização de toda sociedade. “Se os estudantes e os professores não se manifestarem, o governo vai tomar de conta de tudo na educação. Então, depois não terão mais deveres a cumprir e nem direitos para exigir. Tem que manifestar. Tem que vim pra rua. Isso envolve os alunos, pais, professores e toda comunidade”, declarou o professor.Na URI, durante parada, os manifestantes receberam apoio e foram aplaudidos pelos acadêmicos e servidores da instituição.

Para finalizar a manifestação, os estudantes se direcionaram com atos de protesto para praça, local onde agradeceram a todos que uniram, agregaram forças durante a caminhada.

Inácio de Paula, acadêmico de Jornalismo da UFSM-FW, voluntário da Agência Da Hora.

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