Todo dia é dia de falar de amor

‘O amor verdadeiro tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta’

O dia dos namorados é uma data comemorativa na qual se celebra a união amorosa entre casais. Nesta época é comum a troca de cartões e presentes. Além disso, as vitrines das lojas se enchem de corações, de vermelho, chocolates e diversos outros mimos. As namoradas e os namorados saem em busca do presente ideal para o parceiro e o amor “rola a solta”. Nesse tempo, o romantismo fica aparente na maioria dos casais e o amor é demonstrado de diversas maneiras. Existem várias versões para o surgimento do dia dos namorados que já vem de muito tempo.

Muitos relatos contam que na Roma Antiga, o imperador Cláudio II proibia o casamento durante as guerras, pelo fato de acreditar que os homens solteiros seriam melhores soldados se estivessem sozinhos. Nesse tempo, muitos casais apaixonados eram proibidos de casar e assim, acabavam fugindo. Dessa forma, antes de ir embora com o companheiro, o padre da comunidade, chamado Valentin, realizava o casamento do casal às escondidas. Porém, o padre Valentin foi condenado à morte pelas suas ações, no dia 14 de fevereiro. Depois, a Igreja Católica o martirizou e a partir daí, comemora-se a data, celebrada inicialmente pelos ingleses e franceses e posteriormente, nos Estados Unidos.

Outra versão conta que os romanos celebravam o ritual da fertilidade nessa data. Nesse período, os homens escreviam nomes de mulheres em papeizinhos que eram sorteados. O papel retirado seria o nome da namorada e quem sabe, futura esposa.

Há ainda quem diga que, na Idade Média, o dia 14 de fevereiro era o dia do acasalamento dos pássaros e por isso, os homens deixavam bilhetes de amor nas soleiras das mulheres amadas.

Quanto à versão brasileira, a data remete a ideia trazida pelo publicitário João Dória, em 1949, quando voltava de sua viagem feita aos Estados Unidos. Ele trazia a inovação e como junho era o mês em que as vendas eram baixas, os comerciantes introduziram essa data próximo ao dia de Santo Antônio.

Para celebrarmos esse romantismo do dia dos namorados, colhemos depoimentos de alguns casais apaixonados.  Confira histórias inspiradoras e dicas de como manter uma boa relação:

Adriani Pozzato e Carlos Albrink

Adriani Pozzato e Carlos Albrink Foto: Arquivo pessoal/ DaHora

Adriani Pozzato, 23 anos, acadêmica de Bacharelado em Gestão Ambiental, namora Carlos Albrink, de 22 anos, Técnico em Agronegócio há um ano e sete meses. Ela fala um pouco sobre os segredos de uma boa relação amorosa: “Amor e cumplicidade são fundamentais para manter o relacionamento firme e forte. Respeito e compreensão são essenciais para um casal”.

Adriani ainda fala da sua admiração por Carlos: “Eu aprecio nele o jeito como cuida de mim, como demostra que me ama, como planeja um futuro para nós dois”. E complementa: “Amar vai muito além de gostar da companhia de alguém, é viver com o coração no corpo do outro. É algo mágico, que nos faz sentirmos mais leve, mais felizes, é tudo de bom!”.

Brenda Linn da Rosa, de 20 anos, recepcionista de uma concessionária, casada com Rafael da Rosa, de 24 anos, fuzileiro naval, também conta um pouco sobre o início de sua história: “Nos conhecemos em uma ocasião inusitada em Ijuí, Rio Grande do Sul, no casamento do meu tio com a mãe dele. Mais precisamente quando peguei o buquê da noiva e ela pediu para o Rafa tirar uma foto nossa. Foi quando nossos olhares se cruzaram e eu passei a acreditar que esse negócio de pegar o buquê realmente funciona. Depois disso conversamos alguns minutos e nos apaixonamos”.

Brenda conta que Rafael retornou para Rio Grande onde ele trabalhava, a 700 km de Santo Augusto, cidade onde ela residia. Passaram então, a conversar por celular, namorar a distância e, somente depois de quatro meses puderam se ver novamente. Brenda ainda conta que recebeu o pedido de casamento e aceitou alegremente mas, durante o noivado passaram mais um ano afastados.

Brenda Linn da Rosa e Rafael da Rosa

Brenda Linn da Rosa e Rafael da Rosa Foto: Arquivo pessoal/ DaHora

“O nosso amor e a vontade de ficar juntos só aumentavam. Nesse período, eu organizei nossa festa de casamento, que ocorreu no dia quinze de fevereiro de 2014, tornando a ser o dia mais feliz de nossas vidas. No mesmo mês já estávamos morando no Rio de Janeiro. Hoje moramos em Manaus, no Amazonas e somos casados há um ano e  quatro meses”, comenta Brenda relembrando um momento marcante do casal.

Brenda ainda complementa: “Nesse tempo que ficamos longe foi essencial ter confiança, respeito um pelo outro, paciência e acima de tudo, aprendemos que ‘O amor verdadeiro tudo sofre, tudo crê,tudo espera, tudo suporta’.  Muita gente duvidou, mas o amor tudo supera e hoje estamos juntinhos, felizes, sustentando nosso casamento com muito carinho, respeito, amor e cuidado um com outro. O que mais me orgulha nele é o seu caráter íntegro, a sua inteligência e seu esforço em me ver feliz  todo o tempo.”

Rafael também fala sobre a esposa com carinho: “A Brenda é tudo o que jamais sonhei em ter em minha vida. É minha inspiração em todos os momentos de dificuldades. Ela está comigo em todas as minhas provas. A distância nos fortaleceu e continua nos fortalecendo, pois ela faz parte de nossas vidas. Sou eternamente grato a Deus por a colocar  no meu caminho.” E ainda deixa um recado para a amada: “Neguinha  eu te amo muito”.

Nildo de Sá e Tereza de Sá

Nildo de Sá e Tereza de Sá Foto: Arquivo pessoal/ DaHora

Outra história, mas mais antiga é de Tereza de Sá, casada com Nildo Sá há 49 anos. Ela conta como conheceu o esposo: “Nós nos encontramos por acaso em uma churrascaria. Ele viajava de caminhão e parou para almoçar onde eu estava também. As meninas da churrascaria me apresentaram ele, pois ele era cliente da casa. Aceitei e aí continuou a viagem e eu não o vi por uns 3 meses. Mas, ele passava lá pelo restaurante e falava que estava apaixonado. Foi difícil nos encontrarmos de novo porque eu namorava escondido dos meus pais. E caminhoneiro não era muito bem visto”.

Tereza conta que o segredo para o amor duradouro é a confiança e o respeito, companheirismo e estar sempre bonita e arrumada. “Ele gosta de me ver bem vestida e eu sempre gostei de me arrumar. Sinto que sou amada muito amada”, acrescenta. Ela lembra com carinho que completarão 50 anos de casados e que continuam muito apaixonados, apesar do tempo. “Quando o conheci, houve um lugar, um tempo e um sentimento. O tempo ficou marcado. O lugar será sempre lembrado. E o sentimento, jamais terminado.”

A senhora que já percorreu uma longa trajetória ao lado do companheiro traz  uma dica aos jovens casais: “Nunca escolha uma data especial para demonstrar o seu amor, todo dia é dia de falar de amor, viver o amor hoje como se não houvesse o amanhã”.

 

Taiz Richter, Cleusa Jung/ DaHora

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