A 11ª Jornada de Agroecologia realizada na Universidade Estadual de Londrina – UEL, Londrina, Paraná, reuniu, de 11 a 14 de julho, aproximadamente quatro mil pessoas. O evento foi organizados por diversas entidades, entre elas Via Campesina – Brasil, Comissão Pastoral da Terra – CPT, Pastoral da Juventude Rural – PJR, Levante Popular da Juventude, Rede Puxirão, Instituto Equipe, Entidade Nacional dos Estudantes de Biologia – ENEBio, Associação Brasileira de Estudantes de Engenharia Florestal – ABEEF, CEMPO, Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil – FEAB, Grupo de Agroecologia de Londrina – GALO e Terra de Direitos. Fizeram-se presentes delegações de diversos Estados do país, delegações Internacionais do Paraguai, Bolívia, Colômbia, Haiti, Venezuela, Espanha, México e Cuba, além da presença de autoridades como a reitora da UEL, Nádina Moreno, o Secretário para Assuntos Fundiários do PR, Amilton Serignelli, a Secretária Nacional do Desenvolvimento Social, Denise Colin, e o superintendente Estadual do INCRA/PR, Milton Bezerra Guedes.
A Jornada de Agroecologia é parte de um processo de articulação das organizações que a promovem. Desde a sua primeira edição, a Jornada de Agroecologia configura-se como um espaço de estudo, mobilização e troca de experiências, propondo-se a construir um projeto que venha a desenvolver a Agricultura Camponesa e a Classe Trabalhadora.
Nesta edição, a programação contou com os temas gerais da Biodiversidade, Soberania Alimentar, Experiências de Agroecologia relacionadas à geração de renda e a produção de alimentos saudáveis. Os participantes foram contemplados com oficinas, seminários temáticos, conferências, feira camponesa com sementes crioulas, artesanato e livros, bem como o lançamento de livros sobre os temas e os programas culturais que animaram e embalaram os quatro dias do evento. Destaca a acadêmica Fernanda Maria Haiduk que “durante a Jornada foi redigido uma Carta de Apoio à greve dos professores, técnicos administrativos e acadêmicos das Universidades Federais”.
A 1º Jornada de Agroecologia ocorreu em 2002, na cidade de Ponta Grossa, no Paraná, assim como em 2003 e 2004. Em 2005, a 4ª Jornada de Agroecologia se mudou para a cidade de Cascavel, oeste paranaense, com o objetivo de alertar a população e os participantes sobre o projeto das transnacionais e a dominação do campo produtivo brasileiro, a produção de produtos transgênicos e o uso abusivo de agrotóxicos. As edições de 2006 a 2008 novamente foram realizadas em Cascavel, que teve como avanço as atividades de intercâmbio de experiências e estudos sobre práticas agroecológicas. A 8ª e 9ª edição aconteceram no sudoeste do estado, na cidade de Francisco Beltrão, em 2009 e 2010, com o objetivo de fomentar a participação da agricultura familiar no debate da Agroecologia e a seqüência da construção do projeto popular para o Brasil, e a 10ª edição foi realizada na cidade de Londrina, no norte do estado.
Para a acadêmica do Curso de Agronomia da UFSM, campus de Frederico Westphalen, Carla Maria Numes, “participar de um evento como a Jornada vem a fortalecer mais ainda o processo pelo qual passamos a alguns meses, que foi a construção e realização do II Encontro Regional de Agroecologia do Sul do país, realizado no campus de Frederico Westphalen, fortalecendo a ideia de criarmos um Grupo de Agroecologia no Centro da UFSM/CESNORS, Agroecologia na prática”, destaca a acadêmica. Carla ressalta que as oficinas de Agroecologia contribuíram e darão uma boa base para a formação de um ser pensante e atuante. Além da estudante, outros acadêmicos da UFSM se fizeram presentes, representando a instituição no evento.
Adilvane Spezia / Da Hora
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