Márcio Weiss palestra e adianta as principais tendências em moda para primavera/verão 2013

Comitê Feminino da ACI-FW traz palestrante para falar sobre tendências da moda para primavera/verão 2013 e grupos de consumo.

Na noite dessa quarta-feira, 25, o Comitê Feminino da ACI-FW promoveu uma palestra com o especialista em moda Márcio Souza Weiss. Ele, que é editor de moda do Grupo Sinos e coordenador de moda e beleza do Senac/RS, falou sobre as tendências para primavera/verão 2013, grupos de consumo e tribos urbanas.

Público atento às dicas de moda de Márcio, em palestra voltada para os lojistas do ramo. Foto: Vanessa Haas

Segundo o palestrante, a moda é uma comunicação visual, sendo um reflexo da personalidade de cada um. E para justificar issoapresentou em sua palestra os diferentes movimentosjovens, surgidos desde 1950 até os dias de hoje, que ditam moda, e se renovam a cada estação. São eles, osrockers, mods, hippies, góticos, punks, grunges, emos/emocolors, preppies, hip hoppers e pin ups.

Para Márcio, não há nada de novo na moda: “a ideia que se tinha anos atrás, pensando na moda de hoje era aquele aspecto tecnológico, futurista, mas cada vez mais se tem olhado para o passado para buscar inspirações, numa moda onde tudo que for usado com atitude vale”.

Na coletiva de imprensa que Márcio concedeu na tarde de quarta, na Vitrola, contou que o fenômeno moda no Brasil é muito recente. Ele, que trabalha com pesquisas de confirmação de tendências, está sempre presente nas semanas de moda mais importantes do mundo, como Milão e Paris, e revela que mesmo com a conectividade do mundo globalizado, o Brasil demora a incorporar as tendências mundiais.

Ainda na coletiva, ele deixou uma dica para os lojistas de Frederico Westphalen. Para ele, a melhor forma de traduzir as tendências mundiais para uma cidade pequena é conhecer seu público e não envelhecer junto com a clientela, renovar seus clientes e junto com isso, o que você tem a oferecer a eles.

 

Márcio adiantou o que será tendência nesse verão. Confira:

-TRANSPARÊNCIAS: as rendas e tecidos transparentes estarão com tudo, mas para ser usado como sobreposição. Usada não para exibir o corpo de forma sensual, mas para valorizar a composição de um look.

-CINTURA ALTA:pelo terceiro ano seguido, estilistas apostam na cintura alta. E de acordo com Márcio, voltou para ficar, principalmente pela valorização das formas do corpo.

-EMBORRACHADO: os tecidos de efeito plastificado ou imitando couro estarão com tudo na próxima estação.

-ÉTNICO: fibras naturais, acessórios com referências em culturas africanas e estampas que remetem a África.

-FENDAS E RECORTES:segundo Márcio, as fendas reveladoras serão indispensáveis nesse verão.Os recortes e vazados também são tendência.

-ESTAMPAS: mistura de estampas, explosão de cores, animalprint (zebrado, tigrado) e estampas étnicas serão sucesso. Mas o hit da estação será as macroestampas.

-VOLUMES: dobraduras, deformações, grandes volumes escondendo as formas do corpo e a valorização dos ombros.

-SHORTS: as minissaias ficarão um pouco de lado para dar espaço às bermudinhas. Elas serão usadas desde um passeio de domingo até eventos mais formais. A aposta é em modeloscomo os esportivos, os minis e os de couro.

-LONGOS: os vestidos que já foram vistos nos verões passados continuam, ao lado detúnicas longas e amplas também.

Márcio Weiss explicou os principais movimentos que influenciam a moda há décadas. Foto: Samantha Schreiber

-BRILHOS: a aposta é nos tecidos metalizados e acessórios com efeito espelhado.

-LEVEZA: essa é a maior aposta dos estilistas para a próxima estação, utilizando franjas, tecidos fluídos, transparências, visando proporcionar a sensação de liberdade.

Mas afinal, as tendências existem?

O palestrante revela que hoje é muito difícil dizer que isso ou aquilo será tendência. O que existe são macrotendências, com elementos do que poderá predominar nas coleções, mas não regras de estilo. “Antes da virada do século, existia uma cor da moda, todas as vitrines eram compostas naquela cor e quem não a usasse estaria fora de moda. Mas hoje com a pluralidade de estilos e tribos e com a facilidade no acesso da informação, não há como definir uma tendência específica”, explica.

 

 

Samantha Schreiber/ Fred Magazine/ Da Hora

 

 

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