
Tariq falou sobre sua trajetória como correspondente internacional em zonas de conflito. Foto: Victória Lieberkecht
Os estudantes de comunicação social da UFSM-FW assistiram ontem a uma palestra ministrada pelo jornalista Tariq Saleh, no Auditório do CAFW. Ele trabalha há oito anos com jornalismo de conflito no Oriente Médio, e é correspondente da BBC World Service e diversos outros jornais da Europa e América Latina.
Professores e alunos tiveram a oportunidade de interagir com o palestrante, tirando dúvidas sobre o mercado de trabalho para os jornalistas nas zonas de guerra e conflito. Saleh compartilhou suas experiências com o jornalismo internacional e ainda deu dicas aos presentes.
Confira 8 dicas dadas por Saleh aos presentes, durante as quase duas horas de conversa:
1 – Não espere que um veículo de comunicação te mande trabalhar no exterior, vá para fora do país e mostre que você já está lá pronto para trabalhar;
2 – O início é sempre difícil. Você precisa convencer o cliente (jornais, TVs e agências) de que o seu trabalho é de qualidade;
3 – Se chegou ao exterior, almeje sempre mais. Estagnação não lhe eleva como pessoa e nem aumenta o seu salário;

O palestrante comentou sobre a amplitude do mercado de trabalho no ramo jornalístico fora do Brasil. Foto: Victória Lieberknecht
4 – Não se esqueça que hoje em dia o jornalismo em qualquer lugar do mundo exige responsabilidade do profissional e também da empresa contratante;
5 – Exercer jornalismo é sempre igual em qualquer lugar. O texto é que tem aspectos diferentes de acordo cada cultura;
6 – Para escolher uma região nova para trabalhar você precisa: I) Ver se existe grande demanda de notícias; II) Escolher um país ao qual você se adapte facilmente e que não tenha cultura e hábitos muito contrastantes ao seu; III) Procure lugares que facilitem o seu acesso a países vizinhos;
7 – Não queira só conforto. Hotéis cinco estrelas em zonas de conflito são os primeiros lugares aonde os rebeldes ou militares procuram os jornalistas. Existe sim repressão, então opte por lugares mais discretos;
8 – Apesar de sermos da era digital, não podemos esquecer a forma como os jornalistas de antigamente faziam para enviar dados. A tecnologia facilita, mas estraga por qualquer besteira.
Victória Lieberknecht / Da Hora
Deixe um comentário