No dia 9 de junho, um vídeo se propagou rapidamente nas redes sociais, onde mostra um jovem, com expressão de medo, acusado pelos autores da gravação de um possível roubo de uma bicicleta na região, que ficaram revoltados, com isso resolveram tatuar a testa do jovem com a frase: “eu sou ladrão e vacilão”. De acordo com matéria publicada no portal R7, a vítima da agressão é um rapaz de 17 anos, que estaria desaparecido desde o dia 31 de maio.
Antes do desaparecimento, o garoto chegou a passar por acompanhamento de conselhos tutelares em atendimento no Centro de Apoio Psicossocial (Caps). O jovem era usuário de drogas e sofre de problemas mentais. Quem que tortura um adolescente com problemas mentais? Monstros? Possivelmente.
Tudo isso aconteceu na cidade de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. O torturador, vulgo tatuador Maicon Carvalho dos Reis e seu vizinho, Ronildo Moreira de Araújo, foram presos em flagrante pela Polícia Civil. Eles foram acusados pelo crime de tortura ao jovem. Tendo como pena, de dois a oito anos de prisão.
O uso de tatuagens como punição já foi usado muitas vezes na história. O mais recente foi no século XIX. A tatuagem na testa era o castigo para crimes leves e durou até 1872, quando foi abolida. Na China antiga, foi praticado por milhares de anos. Existia até um código penal com mais de 500 crimes que eram puníveis por tatuagens, mas tudo isso já foi abolido.
Em pleno século XXI, certamente que essa brutalidade era desnecessária, qual a dificuldade de pegar o celular e informar a polícia sobre a “possível” tentativa de roubo de uma bicicleta? Fazer justiça com as próprias mãos é realmente o melhor método para punir alguém? Sendo que no referido caso, o adolescente sofria de problemas mentais.
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