Crítica ao filme Moonlight

Créditos: divulgação

O enredo do filme narra a história de um garoto negro chamado Chiron (pequeno), sua trajetória é mostrada em três partes desde infância, passando pela juventude e chegando até a vida adulta. No decorrer do filme, é mostrado, de como ele lida com seu desenvolvimento e a sua sexualidade dentro de uma sociedade racista e homofóbica.
Moonlight trata de assuntos delicados ainda vigentes na sociedade atual, e consegue mexer em feridas de muita gente, mas a historia consegue ir muito além, em vários aspectos nunca mostrados antes na academia Hollywoodiana. Na sociedade o homem negro e o gay lutam pelo seu espaço. Mas imaginem mesclar essas duas causas em um protagonista que sofre com os dois, para ficar claro ele é uma minoria dentro de uma minoria. Além de falar sobre o racismo e homofobia, o filme também fala sobre ser mãe solteira e viciada em drogas e passa o lado humano de um traficante que geralmente não são explorados nos cinemas e nas mídias. A história se passa nos Estados Unidos, nos anos 1980, porém se faz atual não só lá, mas também no Brasil, a ficção nunca passou tão perto das portas da realidade como nesse longa metragem.
O filme mostra como é difícil ser um homem negro e gay em pleno século XXI, e de como ele se sente perdido tanto no mundo LGBTQ, quanto na comunidade negra. De como eles se sente excluído em ambos os meios, além de estar passando por descobertas sexuais com o garoto que gosta, ele também descobre como o ser humano pode ser cruel em diversas formas. Além de sofrer cada vez mais bullying ao mesmo tempo em que cresce, uma cena que mexe com qualquer um é aquela que por pressão dos amigos o garoto que ele teve sua primeira relação sexual o agride, deixando-o com marcas psicológicas até a vida adulta. O longa foi aclamado pela critica e conseguiu ganhar um dos maiores prêmios da atualidade, o Oscar. A representatividade nunca foi tão importante para se discutir e para abrir a mente da sociedade sobre os temas citados acima, de como o homem negro e gay se enxerga na sociedade. O filme consegue tocar de uma forma que todos se colocam no lugar do pequeno Chiron, que mesmo se tornando um traficante e um homem forte fisicamente ele ainda carrega no olhar marcas do seu crescimento conturbado.
A história se encaixa em diversas realidades contemporâneas de várias formas dentro dos meios e comunidades apresentadas no enredo, mostrando que o mundo ainda tem muito a aprender a tratar seu semelhantes mesmo com as diferenças de etnias e sexuais dentre outros aspectos. E que a arte continue imitando a vida, para abrir discussões sobre temas que a sociedade finge não enxergar.

André Luis Dos Santos
andre.tlc@hotmail.com
Redação Jornalística 1

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andre.tlc
Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Santa Maria /campus Frederico Westphalen, Rio Grande do Sul, Brasil.

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